8 de janeiro
Punição deve ser para ‘civil ou militar’, diz Alckmin sobre 8/1
Vice-presidente disse que as Forças Armadas foram ‘contaminadas’ pela política, sobre o 8 de janeiro. Clique para saber mais
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Ao jornal Folha de S.Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que houve um “movimento golpista” em 8 de janeiro de 2023.
Alckmin cobrou a punição dos invasores e de quem financiou ou incitou os atos do 8 de janeiro. “Pode ser civil, pode ser militar, servidor público, privado, não importa”, comentou o vice-presidente.
Ele ainda disse que houve “atuação equivocada” de membros das Forças Armadas. “É inadmissível”, afirmou Alckmin. “As Forças Armadas jamais poderiam ter permitido [manifestantes] chegar[em] perto [dos quartéis].”
De acordo com o vice-presidente, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), os militares se contaminaram pela política. “Houve no governo passado uma visão equivocada, desvirtuada, induzida pela política, mas que também foi rapidamente rechaçada”, acrescentou.
Para justificar o “movimento claramente golpista”, Alckmin citou o momento em que diversos manifestantes estavam em frente às praças e aos quartéis.
“Na minha cidade, as pessoas estavam acampadas em frente ao batalhão, em uma área do Exército, defendendo o golpe”, disse o vice-presidente. “É inacreditável. Mas não achava que chegaria a tanto.”
Vídeo: a reação dos militares ao discurso de Moraes sobre 8 de janeiro
Os comandantes das Forças Armadas estiveram presentes no evento “Democracia Inabalada”, promovido pelo governo na última segunda-feira, 8. Ao contrário de outras lideranças, porém, os chefes militares optaram por uma participação discreta.
De acordo com a Folha, essa estratégia foi acertada entre os comandantes e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, às vésperas do evento.
Os comandantes Tomás Paiva (Exército), Marcos Olsen (Marinha) e Marcelo Damasceno (Aeronáutica) entraram pela chapelaria do Congresso Nacional. Eles passaram por um atalho criado para autoridades evitarem os detectores de metais e a imprensa.
Sem aparentar entusiasmo, os três aplaudiram de maneira comedida e protocolar o discurso do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na ocasião, o magistrado disse que a democracia venceu a “frustrada tentativa de golpe de Estado”.
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