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Lula anuncia GLO 5 dias depois de dizer que não recorreria à GLO

“Não quero as Forças Armadas nas favelas, brigando com bandido”, justificou Lula, em coletiva de imprensa realizada na sexta-feira 27. “Não é esse o papel das Forças Armadas. Enquanto eu for presidente, não tem GLO.”

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Na quarta-feira 1º, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu à Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para reforçar o policiamento em portos e aeroportos no Rio de Janeiro e em São Paulo. A decisão ocorre cinco dias depois de o petista negar que aplicaria tal medida.

“Não quero as Forças Armadas nas favelas, brigando com bandido”, justificou Lula, em coletiva de imprensa realizada na sexta-feira 27. “Não é esse o papel das Forças Armadas. Enquanto eu for presidente, não tem GLO.”

Mudança de ideia

Ontem, Lula anunciou a GLO ao lado dos ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Mucio (Defesa) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).

No Estado Fluminense, a operação também ocorrerá em dois portos: Rio de Janeiro e Itaguaí. Em São Paulo, a ação se dará no maior porto do país, o de Santos. A Marinha atuará nos acessos aos portos e no Lago do Itaipu, na fronteira com o Paraguai.

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Entenda | O que é a Garantia da Lei e da Ordem (GLO)?

Os aeroportos do Galeão (RJ) e de Guarulhos (SP) também estão inclusos na GLO anunciada por Lula. O governo federal comunicou ainda o início de operações nas fronteiras de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Paraná.

“Chegou a uma situação muito grave”, justificou Lula, em entrevista coletiva. “A violência a que que temos assistido tem se agravado a cada dia que passa. Então, resolvemos tomar uma decisão, fazendo que o governo federal participe ativamente [] para que a gente possa ajudar o governo dos Estados a se livrar do crime organizado.”

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O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, explicou que a GLO funcionará diferente das operações realizadas anteriormente. As ações divulgadas pelo governo acontecerão apenas em locais com jurisdição federal.

“Não vamos substituir policias estaduais, porque a Constituição fixa a atribuição dos Estados, da Polícia Militar e Polícia Civil”, explicou Dino. “O que estamos fazendo, fizemos no Rio Grande do Norte, na Bahia. Agora estamos fazendo no Rio de Janeiro. É apoiar as polícias estaduais.”

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Dino também disse que o principal objetivo do governo é atingir os pontos de abastecimento do tráfico das drogas, de armas e de produtos contrabandeados. Isso deve afetar negativamente as finanças das milícias e quadrilhas criminosas.

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