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Entenda a polêmica que levou a China a rejeitar Messi

“Pequim não planeja, no momento, organizar a partida em que Lionel Messi participará”, disse a Associação de Futebol de Pequim em comunicado à imprensa local, de acordo com a ESPN.

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Entenda a polêmica que levou a China a rejeitar Messi

Dois amistosos que a seleção da Argentina de futebol realizaria em março nas cidades chinesas de Pequim e de Hangzhou foram cancelados por autoridades da China. Elas se ofenderam pelo fato de o astro argentino não ter entrado em campo em partida de sua equipe, o Inter Miami, em Hong Kong, no dia 4 de fevereiro.

“Pequim não planeja, no momento, organizar a partida em que Lionel Messi participará”, disse a Associação de Futebol de Pequim em comunicado à imprensa local, de acordo com a ESPN.

“Por razões conhecidas por todos, aprendemos com as autoridades supervisoras que as condições são imaturas para o jogo prosseguir”, anunciou o Instituto Desportivo de Hangzhou nas suas redes sociais oficiais. “Agora foi decidido que o jogo será cancelado.”

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Isto porque, três dias depois do jogo em Hong Kong, Messi, que alegou contusão para não atuar, jogou pelo time norte-americano contra o Vissel Kobe, no Japão.

A atitude de Messi soou, na visão das autoridades, como uma crítica ao modelo de “um país, dois sistemas”, implementado em Hong Kong desde sua reincorporação à China, em 1997. Até então, a cidade era colônia do Império Britânico, desde o fim da Guerra do Ópio (1839-1842).

A região se desenvolveu com autonomia, voltada para um capitalismo com mínima intervenção do Estado. Tornou-se um dos principais centros financeiros internacionais, com economia baseada em impostos baixos e livre comércio.

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Mas, mesmo com poderes administrativos próprios, passou a ser comandado pelo governo central da China, marcado pelo autoritarismo do Partido Comunista da China (PCC).

Desta maneira, em 2020, a Assembleia Popular Nacional da China promulgou uma rígida Lei de Segurança Nacional em Hong Kong, conforme os princípios de “um país, dois sistemas”.

“O documento visa prevenir e punir a ação de elementos radicais em atividades de violência, terrorismo ou separatismo, e conta com o apoio de quase 3 milhões cidadãos de Hong Kong”, afirmou a Assembleia, que elogiou a própria lei. “A implementação dessa lei restaurou, gradualmente, a ordem social e cerca de 80% da população local considera sua cidade mais segura e estável.”

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Caso Messi joga luz sobre o grande mercado consumidor na China

Hong Kong
Hong Kong vive sob o lema “um país, dois sistemas” | Foto: Wikimedia Commons

Enquanto há controvérsias entre os governos dos Estados Unidos e da China, em relação à importação de tecnologia 5G, os chineses têm se tornado um dos principais mercados consumidores dos esportes norte-americanos.

Na National Basketball Association (NBA), por exemplo, dirigentes norte-americanos expandiram a organização para outros países, seja com jogos na Europa ou até mesmo com lojas na Ásia, principalmente na China.

O gigante asiático representa cerca de 30% dos assinantes virtuais do NBA Pass, segundo texto da Playmaker Brasil. O NBA Pass é um aplicativo oficial da liga que possibilita ao assinante assistir todos os jogos do campeonato, via streaming, no celular, tablet ou computador, entre outros.

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