conecte-se

Benefícios Sociais

Salário Mínimo e Finanças: Entenda a Realidade dos Trabalhadores no Brasil

Published

on

Calendário do Abono Natalino 2023: Benefício liberado para mais de 693 mil

A situação financeira dos trabalhadores brasileiros está cada vez mais alarmante. O estudo “Hábitos e Impactos da Saúde Financeira dos Trabalhadores”, realizado por Zetra e SalaryFits em parceria com a empresa de pesquisas On The Go, revela que, atualmente, a maioria dos trabalhadores com carteira assinada, cerca de 63%, não conseguem pagar suas contas básicas com o salário que recebem.

Tomando como base as informações coletadas na pesquisa, é possível identificar um aumento na porcentagem desses trabalhadores que enfrentam essa situação em comparação com anos anteriores. Em 2019, o percentual era de 58%, e em 2021, durante a pandemia de covid-19, este percentual alcançou a marca de 66%.

Advertisement

Como é classificado o gasto dos trabalhadores?

A metodologia da pesquisa classifica os gastos pessoais em três tipos: essenciais, necessários e supérfluos. Os gastos essenciais incluem contas de moradia (como aluguel e condomínio), alimentação básica, saúde, higiene, impostos, energia elétrica, internet, gás, transporte, manutenção da casa e seguro. Parte da população acaba o mês sem conseguir cobrir esses custos básicos.

Já nos gastos necessários estão inclusos a gasolina do carro e a assinatura de serviços como TV a cabo e plataformas de streaming. No último grupo, das despesas consideradas supérfluas, estão a mensalidade da academia ou do clube, viagens, artigos de luxo, tratamentos estéticos e bebidas alcoólicas.

Quais os efeitos dessa situação nas pessoas?

Os efeitos dessa realidade econômica nos trabalhadores vão além do campo financeiro. O levantamento aponta um impacto negativo na saúde mental e física dessas pessoas. Cerca de 58% dos entrevistados relataram se sentir estressados devido à falta de dinheiro no fim do mês. Isso também acarreta problemas como irritabilidade (44%), falta de atenção (44%) e menor produtividade (34%).

Advertisement

Com a falta de recursos para pagar o básico, muitos trabalhadores recorrem a alternativas como o uso de cartões de crédito (24%) e a busca por um trabalho extra (16%). Além disso, 10% citaram recorrer a empréstimos bancários para conseguir quitar suas dívidas.

Qual o quadro atual do endividamento no Brasil?

Os dados do levantamento ainda demonstram um crescimento preocupante no número de pessoas endividadas. Em 2021, 20% dos entrevistados afirmavam estar passando por problemas financeiros, esse número saltou para 33% em 2023.

Entre esses indivíduos que buscam crédito para cobrir suas despesas, 52% acabaram com o nome negativado nos serviços de proteção ao crédito nos últimos 12 meses. Isso demonstra a necessidade de soluções mais sustentáveis para o equilíbrio financeiro das famílias.

Advertisement

E as classes mais altas, como estão?

A pesquisa mostra como a má gestão financeira também é um problema entre as classes mais altas. Na classe A, 55% dos entrevistados afirmaram enfrentar dificuldades para concluir o mês com dinheiro sobrando. Destes, 66% são mulheres e 47% são jovens com até 30 anos.

Para lidar com essas dificuldades, algumas empresas estão investindo em projetos de educação financeira e aumentando a oferta de benefícios para seus funcionários. Segundo o economista Flávio Náufel do Amaral, presidente comercial da Zetra, a solução para aliviar essa situação não está em aumentar o salário, mas em ensinar a pessoa a gerenciar bem o que recebe.

Independentemente da classe social, a gestão financeira eficiente é, sem dúvida, a chave para uma vida mais saudável e sem dívidas.

Advertisement

Advertisement
Continue Reading
Advertisement
Click to comment

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Advertisement