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PT, Dino e aliados atacam Estadão por revelar a ‘Dama do Tráfico’

Partido dos Trabalhadores (PT), Flávio Dino e aliados atacam o Estadão, jornal que revelou o escândalo da ‘Dama do Tráfico’. Saiba mais

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PT, Dino e aliados atacam Estadão por revelar a 'Dama do Tráfico'

Em vez de adotar medidas contra as autoridades que se reuniram com a mulher conhecida uma vez que “Senhora do Tráfico”, a esquerda brasileira resolveu se voltar contra o emissor. Assim, o PT, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e aliados começaram a hostilizar — e até ameaçar — o jornal O Estado de S. Paulo e segmento de sua equipe.

Na última segunda-feira, 13, reportagem do Estadão revelou que Luciane Barbosa Farias teve duas reuniões na sede do Ministério da Justiça, em Brasília. Em abril, ela cumpriu agenda ao lado do secretário Pátrio de Assuntos Legislativos da pasta, Elias Vaz. Em maio, o encontro foi com o secretário Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Pátrio de Políticas Penais.

Fundadora da ONG Instituto Liberdade do Amazonas, que está em atividade desde meados do ano pretérito, Luciane ganhou o sobrenome de “Senhora do Tráfico Amazonense” por ser mulher de um dos líderes da partido criminosa Comando Vermelho na Região Setentrião. Ela é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias. Divulgado uma vez que “Tio Patinhas”, ele cumpre pena de 31 anos em presídio localizado em Tefé (AM).

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Mesmo diante dessas credenciais, Luciane teve aproximação livre à Esplanada dos Ministérios sob a gestão petista. A “Senhora do Tráfico” também esteve no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que tem comando de Silvio Almeida. A pasta custeou as passagens dela em viagem de Manaus a Brasília.

Para a esquerda, a “culpa” é do Estadão

Desde a revelação do caso da “Senhora do Tráfico”, segmento da esquerda passou a se movimentar para tentar descredibilizar a reportagem do Estadão, que se baseou em registros públicos e em inquéritos de órgãos uma vez que a Polícia Social e do Ministério Público do Amazonas. Ou por outra, o próprio governo Lula confirmou: Luciane esteve em eventos nos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos.

Em vez de reclamar dos fatos em si, a deputado federalista pelo Paraná e presidente pátrio do PT, Gleisi Hoffmann, tentou definir o escândalo uma vez que “fabricado” na tentativa de perder o trabalho de Dino.

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“Gravíssima denúncia feita ao MPT-DF sobre a fabricação do ‘escândalo da mulher do tráfico’ pelo Estadão para fazer parecer que Flávio Dino é simpático ao transgressão organizado”, afirmou Gleisi, em postagem neste domingo, 19, no Twitter/X. “Repórteres envolvidos relataram assédio e humilhação por segmento da editora de política do jornal em Brasília e disseram que o teor mentiroso contra o ministro foi turbinado e divulgado também pela rádio do Estadão.”

A emissora de rádio em questão é a Eldorado, que pertence ao Grupo Estado. “É escandaloso o uso de uma licença pública para difamar o governo”, prosseguiu a petista. “Outro dia alguém disse cá nas redes, se uma reportagem está sendo usada pela extrema direita bolsonarista pra fazer fake news e propagar ódio portanto é a prova que esse jornalismo deu inexacto.”

Gleisi, entretanto, não apresentou nenhum equívoco na reportagem do Estadão sobre o caso “Senhora do Tráfico”. A publicação dela chegou a receber notas da comunidade da plataforma. Internautas lembraram que o pode ser fabricado nessa história é a denúncia contra o jornal. “A denúncia utiliza prints do site utilizado para envio de denúncias do Ministério Público do Trabalho”, informou-se. “Qualquer usuário pode publicar sem verificação e sem o envio real da denúncia.”

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Gleisi Hoffmann: intuito de nota da comunidade do Twitter/X ao hostilizar jornal do caso ‘Senhora do Tráfico’ | Foto: Reprodução/Twitter/X

Sem dados, Dino fala em “desmonte” de suposta mordacidade praticada contra ele

Dino, que não demitiu nenhum dos assessores que tiveram reuniões com a “Senhora do Tráfico”, também partiu para o ataque contra o jornal O Estado de S. Paulo. Sem reportar dados, deu a entender que informações que constam em veículos alinhados ao governo e ditos uma vez que “progressistas” teriam, na visão dele, ajudado a desconstruir uma tentativa de difamá-lo. Ele não destacou, no entanto, que em nenhum momento o Estadão afirmou que ele teria se reunido com Luciane — mas sim dois de seus secretários.

“O mal por si só se destrói. A frase, muito conhecida, tem inspiração bíblica”, afirmou Dino, em postagem no Twitter/X, plataforma em que bloqueou jornalistas e desafetos políticos. “Lembrei-me disso ao ler uma reportagem desmontando as vis difamações contra mim engendradas. Não foi a primeira, infelizmente não será a última. ‘Follow the money‘ é um bordão muito sabido. Quando isso é feito mesmo, a ‘escol do transgressão organizado’ reage. Mas nunca me intimidei nem me intimidarei com essas organizações criminosas, tampouco com seus poderosos aliados e amigos.”

Atiçados pelos ataques de Gleisi e Dino contra o Estadão, aliados do PT e do ministro passaram a compartilhar mensagens reclamando do sobrenome da “Senhora do Tráfico” e da suposta denúncia contra uma das jornalistas do veículo de informação. A esquerda não reclama do trajo de a mulher de um traficante sentenciado ter tido aproximação livre à Esplanada dos Ministérios neste governo Lula.

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