Para onde vão 81,2% dos benefícios do Bolsa Família? Confira

Em recente publicação, o governo federalista do Brasil revela que 81,2% dos benefícios do programa social Bolsa Família foram concedidos a mulheres na folha de pagamento de março deste ano. Em meio a esta informação surge uma pesquisa publicada neste mês que aponta para uma possibilidade de redução da desigualdade social no país, através do aumento do Valor do Bolsa Família para beneficiários negros.

A autora da pesquisa, Mayara Amorim, rabino em Recta pela PUC de Campinas, defende que essa medida poderia minimizar a disparidade social já que os negros são os mais prejudicados pelas condições de pobreza e extrema pobreza. Mayara ressalta a valimento de entender o perfil dessas pessoas e uma vez que elas conseguem sobreviver com rendas extremamente baixas.

Compreendendo o Impacto do Racismo estrutural no Brasil

A pesquisadora aponta que os resultados do estudo evidenciam os efeitos do chamado “racismo estrutural”, um sistema de discriminação enraizado que intensifica a desigualdade social de renda entre as pessoas pretas e pardas. Tal discriminação provém das estruturas econômicas que não são distribuídas de forma equitativa. Aliás, o estudo destaca a vulnerabilidade ainda maior enfrentada por mulheres negras.

As Mulheres Negras Diante da Desigualdade Social

Entre as diversas conclusões do estudo, destaca-se a situação de precação das mulheres negras. Segundo o Meio de Estudos de Gênero e Raça do IBGE, 63% das famílias lideradas por mulheres negras com filhos de até 14 anos estão inferior da risco da pobreza. Para Amorim, é precisamente nessas mulheres que uma estratégia importante de desenvolvimento social deve ser focada. Uma prova disso é a informação do governo federalista de que mais de 80% dos benefícios do Bolsa Família são concedidos a mulheres.

Por termo, a pesquisadora conclui que a superação desta verdade passa, necessariamente, por um gravura mais assertivo das políticas públicas que considere e entenda a estrutura de uma sociedade prejudicada pelo racismo. A complicação desta solução traz a reflexão sobre uma vez que a luta contra o racismo e a implementação de políticas igualitárias devem estar a serviço do combate à pobreza e à desigualdade.