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Nos EUA, empresário confessa propina a executivos da Petrobras

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Nos EUA, empresário confessa propina a executivos da Petrobras

O empresário norte-americano Gary Oztemel confessou sua participação em um esquema de pagamento de propina a executivos da Petrobras. A admissão ocorreu em 24, quando ele assinou um acordo com a Justiça dos Estados Unidos.

De acordo com o site Poder360, o empresário afirmou ter auxiliado seu irmão, Glenn Oztemel, a subornar executivos da petrolífera brasileira para garantir contratos com uma empresa norte-americana. Ele reconheceu a violação da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior em troca da retirada de três acusações na Justiça de Connecticut, Estado na costa nordeste dos EUA.

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Em fevereiro do ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA iniciou a investigação que revelou o esquema dos irmãos Oztemel. As autoridades suspeitam que, de 2010 a 2018, pagamentos se deram para favorecer contratos da Petrobras com até duas empresas norte-americanas.

No acordo judicial, Oztemel admitiu ter realizado transações superiores a US$ 10 mil para atividades ilegais. De acordo com ele, os subornos apareciam como bonificações por serviços de consultoria e comissões. Eduardo Innecco, ítalo-brasileiro, também é alvo de investigação.

Até o momento, a Petrobras não se pronunciou a respeito da denúncia feita por Gary Oztemel.

Lava Jato, Petrobras e diferentes decisões no Brasil e no exterior

Bandeiras da Petrobrás e do Brasil na fachada da empresa em Vitoria, Espirito Santo (13/10/2021) | Foto: ShutterstockBandeiras da Petrobrás e do Brasil na fachada da empresa em Vitoria, Espirito Santo (13/10/2021) | Foto: Shutterstock
Bandeiras da Petrobrás e do Brasil na fachada da empresa em Vitoria, Espirito Santo — 13/10/2021 | Foto: Reprodução/Shutterstock

Desde janeiro, a Justiça dos EUA encontrou outras irregularidades que envolvem a Petrobras. Em junho, um recurso da estatal foi rejeitado em um processo por fraude e tentativa de ocultação de corrupção investigada na Operação Lava Jato.

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O fundo EIG Management processou a Petrobras depois de investir mais de US$ 221 milhões na Sete Brasil, criada em 2010 para exploração de petróleo. O fundo alegou prejuízo de US$ 221 milhões com a exposição dos esquemas de corrupção, levando os credores a se retirarem do projeto.

Em maio, a empresa de commodities suíça Trafigura se declarou culpada em um caso de corrupção na Petrobras. A companhia concordou em pagar US$ 127 milhões em um acordo judicial.

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Apesar dos processos nos EUA, a Justiça brasileira tem seguido um caminho diferente em relação à Petrobras e à Lava Jato. O Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, tomou ao menos oito decisões favoráveis aos investigados na operação este ano.

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O ministro aposentado do STF Marco Aurélio Mello criticou essas decisões. Para ele, a Corte é responsável pareceres que minam o combate à corrupção e visam “enterrar” a Lava Jato.

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