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Brasil em Pauta

Juiz militante fala em golpe contra Dilma e critica reforma trabalhista

Ao discorrer sobre uma suposta “ideologia do medo” contra o trabalhador brasileiro e falar em “desmonte” das leis trabalhistas, o magistrado afirmou que a modernização da CLT impôs “diversos obstáculos não razoáveis à consecução” de garantias constitucionais.

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impeachment de dilma

Em uma sentença proferida na quarta-feira 13 na qual condenou uma escola a indenizar uma funcionária da limpeza, o juiz Roberto de Freire Bastos, da 3ª Vara do Trabalho de Olinda (PE), escreveu que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi um golpe de Estado, criticou a reforma trabalhista e citou a Madre Tereza de Calcutá.

Ao discorrer sobre uma suposta “ideologia do medo” contra o trabalhador brasileiro e falar em “desmonte” das leis trabalhistas, o magistrado afirmou que a modernização da CLT impôs “diversos obstáculos não razoáveis à consecução” de garantias constitucionais.

Na sequência, Bastos contou que um sindicalista o informou a respeito de uma grande quantidade de homologações anuais trabalhistas, “sem que o trabalhador discuta com seriedade a razoabilidade do que se está sendo pago, com medo de perder o já tão fragilizado posto de trabalho”.

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“E os fascistas, que no golpe em que derrubaram uma presidente legalmente eleita, sem qualquer prova de cometimento de crime, já vinham desmontando os direitos trabalhistas dentro do Congresso Nacional e com o auxílio de parte do Judiciário, imagine agora prestes a assumirem diretamente o poder, o que não farão”, argumentou, sem mencionar essas pessoas. “E muitos aplaudindo tais iniciativas, homofóbicas, racistas, autoritárias, preconceituosas, de pejotização etc, inclusive trabalhadores mal-informados, não mensuram os reflexos (…).”

Além de “golpe” contra Dilma, juiz escreve sobre postura de colegas

Adiante, o juiz põe em cheque a postura de magistrados do trabalho nesses casos. “Muitos deles adotam uma atitude autofágica, alimentando a força desta lei com suas decisões em desfavor dos trabalhadores, punindo-os como se todos eles fossem mal-intencionados”, observou. “Autofagia, porque isto vai conduzir ao fim mais rápido da Justiça do Trabalho, para regozijo da maioria dos empresários, da grande imprensa e dos políticos inescrupulosos.”

Aproximando-se do fim da sentença, Bastos cita um trecho da oração “Alguém para amar”, feita pela Madre Tereza de Calcutá.

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