Ibovespa fecha no azul com dados do IPCA-15 e falas de dirigentes do Fed

O Ibovespa conseguiu fechar no azul nesta terça, apesar das preocupações em torno da prévia da inflação de novembro, que subiu 0,33%, supra das expectativas do mercado. O resultado foi puxado, principalmente, pelo preço dos provisões. No exterior, o foco ficou nas declarações de dirigentes do banco medial norte-americano.

Segundo estudo de Elcio Cardozo, profissional em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital, o IBOV fechou em subida, ainda que os dados de inflação divulgados na manhã de hoje tenham vindo um pouco supra do esperado pelo mercado. Dados não fizeram peso no nosso índice. No mês, o Ibovespa se valoriza mais de 11%, em risca com os principais índices de ações no mundo. Esse bom humor dos mercados mundiais neste mês de novembro foi impulsionado, na minha visão, pelo resfriamento da curva de juros futuros nos Estados Unidos e, consequentemente, do Brasil, nas últimas semanas.

Poucas ações caem hoje no Ibovespa. O maior destaque negativo do dia é Eneva (ENEV3), em perenidade ao potente movimento de queda de ontem. Leste comportamento dos investidores se deu em seguida transpor notícias de fusão entre a Vibra (VBBR3) com a Eneva. O sentimento do mercado é o de que tal fusão seria positiva para a Vibra e negativa para a Eneva, tendo em vista que Eneva cai quase 4% neste momento, enquanto Vibra se valoriza em 3,2%.

Além de Eneva, outra queda relevante no Ibovespa hoje é Embraer. Porém, entendo que a queda de hoje seja um movimento normal por secção dos investidores, em uma verosímil realização de lucros, em seguida as ações subirem 16% no mês.

Entre as maiores altas do dia, está a Meliuz (CASH3), impulsionada pela desenlace do processo de venda da Bankly e da Acessopar, roupa que foi muito muito recebido pelo mercado.

Outra ação com potente subida no dia, impulsionada por notícias, é Carrefour (CRFB3). Na manhã de hoje, a companhia divulgou os planos para os próximos anos, com a ampliação de lojas no segmento “Atacadão”, seguindo uma tendência de mercado nos últimos anos.

Hoje o Dólar opera em queda frente às principais moedas no mundo, tendo em vista a desvalorização dos treasuries no pregão de hoje nos Estados Unidos e também pelo IPCA-15 projetado levemente supra do esperado cá no Brasil, com o aumento na disseminação de preços.

• Ibovespa: 126.538,32 (+0,64%)
• S&P 500: 4.554,35 (+0,09%)
• Nasdaq: 14.281,76 (+0,29%)
• Dow Jones: 35.416,91 (+0,24%)
• Dólar: R$ 4,87 (-0,57%)
• Euro: R$ 5,35 (-0,24%)