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Brasil em Pauta

Em meio a crise histórica, Maduro muda data e antecipa o Natal na Venezuela

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, surpreendeu a população ao anunciar o adiantamento das celebrações natalinas para o próximo dia 1º de outubro. O anúncio foi feito na noite da última segunda-feira (2), durante um programa de auditório que Maduro apresenta semanalmente.

Maduro afirmou que o adiantamento é uma forma de homenagear e agradecer ao povo venezuelano. A declaração veio acompanhada de uma frase que chamou a atenção: “Setembro já cheira a Natal”. No entanto, a medida ocorre em meio a tensões políticas e questionamentos sobre a legitimidade das eleições presidenciais de julho.

Adiantamento de Natal na Venezuela

Esta não é a primeira vez que o governo chavista decide antecipar as festividades natalinas. Em 2020, Maduro adiantou o Natal para 15 de outubro, durante a pandemia. Na época, a data foi marcada pela liberação de recursos para a compra de brinquedos. Em 2013, ele também decretou que as comemorações começassem a partir de 1º de novembro, logo após a morte de Hugo Chávez.

Por que Maduro Adiantou o Natal?

O adiantamento das celebrações natalinas ocorre em um momento de grande tensão política na Venezuela. Após as eleições presidenciais de 28 de julho, a oposição e grande parte da comunidade internacional questionam a legitimidade da reeleição de Maduro. Em meio a protestos e pressão internacional, a Procuradoria venezuelana pediu a prisão do candidato oposicionista, Edmundo González, sob acusações de diversos crimes.

Pedido de Prisão Contra Edmundo González

Nesta mesma segunda-feira (2), a Justiça da Venezuela acatou o pedido do Ministério Público para emitir um mandado de prisão contra Edmundo González. O opositor está sendo investigado por usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa. Segundo o MP, o pedido foi apresentado após González ignorar três intimações para prestar depoimento.

Reações da Oposição

A oposição usa os dados das atas para argumentar que Edmundo González venceu a eleição presidencial de 28 de julho. Mais de 80% de todos os documentos emitidos pelas urnas foram publicados pelo grupo opositor em um site. A líder oposicionista, María Corina Machado, criticou veementemente a decisão do MP e o mandado de prisão emitido pela Justiça.

  • Usurpação de funções: González é acusado de tomar decisões sem a devida autoridade.
  • Falsificação de documentos: Acusações de manipulação de documentos oficiais.
  • Incitação de atividades ilegais: Envolvimento em atividades contra o governo.
  • Sabotagem de sistemas: Danos aos sistemas eleitorais.
  • Associação criminosa: Ligações com grupos opositores considerados criminosos.

Impacto Internacional

A medida de antecipação do Natal é vista como uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção dos questionamentos sobre a fraude eleitoral, segundo Vitelio Brustolin, pesquisador de Harvard e professor de relações internacionais. O cenário político venezuelano tem sido marcado por tensões e as recentes ações do governo Maduro apenas intensificam o clima de instabilidade.

O Futuro da Venezuela

Com a tensão crescente e as ações cada vez mais drásticas do governo, a situação na Venezuela continua a preocupar tanto a população local quanto a comunidade internacional. Enquanto o Natal se aproxima mais cedo, as incertezas sobre a estabilidade política do país só aumentam.

Respostas Internacionais

A comunidade internacional tem mostrado grande preocupação com as ações de Maduro. Organizações de direitos humanos e países ao redor do mundo criticaram a legitimidade das eleições e a perseguição aos opositores. A antecipação do Natal é vista por muitos como uma tentativa de desviar a atenção dos problemas reais que assolam o país.

A seguir, alguns dos principais pontos de crítica e medidas tomadas pela comunidade internacional:

  1. Questionamento da legitimidade das eleições: Diversos países e organizações não reconheceram a reeleição de Maduro.
  2. Sanções econômicas: Países imporam sanções à Venezuela em resposta à situação política.
  3. Suporte à oposição: Apoio financeiro e logístico para grupos opositores.
  4. Pressão diplomática: Chamadas para negociações e mediação internacional.
  5. Denúncias de violações de direitos: Relatórios e investigações sobre abusos contra opositores.

Como a População Reage?

Apesar das tentativas de criar um clima de festividade, muitos venezuelanos ainda vivem sob forte tensão e incerteza sobre o futuro do país. Para muitos, o adiantamento do Natal é apenas um paliativo em meio a uma crise política e econômica profunda.

Sem dúvida, a Venezuela se encontra em um momento crítico, e as ações de Nicolás Maduro nos próximos meses serão determinantes para o futuro do país. Enquanto isso, o mundo observa com atenção os desdobramentos na nação sul-americana.


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Uso de dinheiro público em publicidade com Grupo Globo dispara sob governo Lula e gera críticas

montante representa um aumento superior a 250% em comparação aos R$ 2,9 milhões repassados ao grupo nos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro

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O governo federal elevou de forma significativa os repasses destinados ao Grupo Globo desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024, a empresa recebeu mais de R$ 10,2 milhões em ações publicitárias para seus sites, de acordo com dados da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). O montante representa um aumento superior a 250% em comparação aos R$ 2,9 milhões repassados ao grupo nos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro.

Além das plataformas digitais, o governo Lula retomou investimentos em outros veículos do conglomerado. Jornais impressos, que não receberam verba federal nos últimos três anos da gestão Bolsonaro, arrecadaram R$ 290 mil em publicidade no biênio 2023-2024.

Maior salto na TV aberta

O crescimento mais expressivo foi registrado na TV aberta. Desde janeiro de 2023, a emissora e suas afiliadas já receberam R$ 252 milhões em campanhas publicitárias da Secom. Esse valor ultrapassa em R$ 10 milhões o total destinado ao segmento televisivo do Grupo Globo durante todo o mandato do ex-presidente Bolsonaro.

Mudanças no comando da Secom

As informações vêm à tona em um momento de transição na liderança da Secretaria de Comunicação Social. Paulo Pimenta, que comandou a Secom durante esses dois anos, foi demitido na última semana. O presidente Lula anunciou Sidônio Palmeira como seu substituto, indicando uma possível reestruturação na estratégia de comunicação do governo.

Críticas e questionamentos

Os números chamaram atenção e geraram críticas da oposição e de especialistas em gestão pública. A disparidade nos repasses foi apontada como uma suposta instrumentalização do orçamento público para beneficiar conglomerados midiáticos específicos.

O caso também levanta questões sobre a alocação de recursos em publicidade estatal, especialmente diante de prioridades sociais e econômicas que demandam atenção urgente no país. A transparência e os critérios utilizados para justificar os valores transferidos ao Grupo Globo agora entram na mira de parlamentares e entidades fiscalizadoras.

O governo federal, até o momento, não emitiu esclarecimentos sobre os números apresentados ou os critérios adotados para a distribuição das verbas publicitárias.


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Ditador Maduro fala em usar tropas brasileiras para atender seus interesses em Porto Rico: ‘Batalhão Abreu e Lima’

Representantes do governo brasileiro estavam presentes na cerimônia de posse em que as declarações foram feitas

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No último sábado (11), durante um evento com apoiadores e lideranças em Caracas, o ditador venezuelano Nicolás Maduro causou surpresa ao sugerir o possível uso de tropas brasileiras para “libertar” Porto Rico do domínio dos Estados Unidos. Representantes do governo brasileiro estavam presentes na cerimônia de posse em que as declarações foram feitas.

A fala de Maduro, que intensificou sua retórica antiamericana nos últimos dias, incluiu provocações diretas aos Estados Unidos e o fechamento de fronteiras como parte de suas ações recentes. O líder venezuelano associou sua proposta a ideais da escritora francesa Simone de Beauvoir, declarando: “Assim como no Norte eles têm uma agenda de colonização, nós temos uma agenda de liberação”.

Maduro ainda reforçou sua intenção de contar com o apoio brasileiro:
“Conseguiremos a liberdade de Porto Rico contra os americanos com as tropas do Brasil. E Abreu e Lima irá à frente. Batalhão Abreu e Lima para libertar Porto Rico”, disse, em referência ao batalhão histórico brasileiro envolvido em lutas pela independência na América Latina.

Críticas e silêncio oficial

A presença de representantes do governo brasileiro no evento gerou críticas da oposição política no Brasil, que acusa o governo do presidente Lula de manter relações estreitas com regimes autoritários na América Latina. Membros da comunidade internacional também demonstraram preocupação com as declarações de Maduro e cobraram um posicionamento do Brasil.

Apesar da gravidade das falas de Maduro, o Palácio do Planalto e o Itamaraty ainda não emitiram respostas oficiais. O silêncio das autoridades brasileiras alimenta o debate sobre o alinhamento diplomático do Brasil com regimes da região.

Cobertura limitada e impacto internacional

Embora o discurso de Maduro tenha chamado atenção, a cobertura da mídia permanece limitada, tanto no Brasil quanto no exterior. Observadores apontam para a crescente tensão nas relações diplomáticas entre Venezuela e Estados Unidos, enquanto líderes internacionais seguem atentos aos desdobramentos da retórica do líder venezuelano.

A menção de Maduro ao uso de tropas brasileiras em um conflito internacional eleva o tom das críticas e coloca o governo brasileiro em uma posição delicada frente à comunidade internacional.


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Descoberta de túnel pré-histórico no Rio Grande do Sul chama atenção de cientistas

Essa formação natural, que aparenta ter sido esculpida por mãos humanas, é na verdade obra de animais gigantes que habitaram a região há pelo menos 11 mil anos

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Escavado em meio a paredões rochosos e mata densa na zona rural de Sant’Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, um túnel pré-histórico, conhecido como paleotoca, está despertando o fascínio de cientistas e visitantes. Essa formação natural, que aparenta ter sido esculpida por mãos humanas, é na verdade obra de animais gigantes que habitaram a região há pelo menos 11 mil anos.

Paleontólogos acreditam que a caverna foi lar de espécies extintas da megafauna, como a preguiça-gigante, que podia atingir até seis metros de altura, ou tatus gigantes. “Esses xenartros de grande porte, como a preguiça-gigante, poderiam ter originado a paleotoca, mas não descartamos a possibilidade de ser obra de algum carnívoro”, explica Ana Maria Ribeiro, paleontóloga do Museu de Ciências Naturais do Rio Grande do Sul, que integra a equipe de estudos no local.

O túnel, situado nos terrenos de uma vinícola da região, é parte de uma rede maior de paleotocas mapeadas no Oeste gaúcho. Segundo a bióloga Renata Neto, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), a área é rica em registros paleontológicos, incluindo pegadas e trilhas de dinossauros.

Desenho científico de preguiça-gigante do gênero Glossotherium. Crédito: Renato Lopes/Projeto Paleotocas/Divulgação

Riqueza única no Hemisfério Sul

Embora paleotocas, conhecidas como paleoburrows em regiões como a Europa e América do Norte, sejam raras devido ao histórico geológico dessas áreas, no Brasil elas são encontradas com maior frequência. Apenas no Rio Grande do Sul, mais de mil estruturas já foram identificadas, sendo a paleotoca de Sant’Ana do Livramento a mais ao sul do país.

“Na Europa e América do Norte, quatro glaciações ao longo de 600 mil anos nivelaram os terrenos, apagando vestígios da fauna extinta. Já no Hemisfério Sul, as condições preservaram melhor essas estruturas”, explica Heinrich Theodor Frank, professor do Instituto de Geociências da UFRGS.

Turismo e conservação no túnel pré-histórico

A vinícola que abriga a paleotoca está desenvolvendo uma rota turística que une enoturismo e história. O objetivo é oferecer aos visitantes uma experiência que inclui a degustação de vinhos e a visita ao sítio paleontológico.

“Queremos que as pessoas entrem aqui, provem o vinho e conheçam a história da paleotoca. É uma experiência completa, que alia satisfação gastronômica e cultural”, comenta Alex Machado, gerente de enoturismo da vinícola.

Com esse projeto, a propriedade busca preservar o patrimônio paleontológico ao mesmo tempo em que promove o turismo sustentável, conectando passado e presente em um dos cenários mais fascinantes do Rio Grande do Sul.


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Moraes está em “sinuca de bico” sobre passaporte de Bolsonaro

O pedido ocorre após Bolsonaro apresentar um convite que, segundo Moraes, carece de comprovação adequada.

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a devolução do passaporte de seu cliente para que ele possa comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O pedido ocorre após Bolsonaro apresentar um convite que, segundo Moraes, carece de comprovação adequada.

Neste sábado (11), Moraes determinou que Bolsonaro apresente o “convite oficial” recebido para a solenidade. O documento apresentado até o momento seria um e-mail enviado a Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por um endereço eletrônico não identificado, o que levantou dúvidas sobre sua autenticidade.

Além disso, Moraes solicitou um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que deverá se pronunciar após a validação do convite.

Diante do cenário, o jurista André Marsiglia, especialista em liberdade de expressão, avaliou a situação como uma “encruzilhada” para Moraes e sugeriu que o ministro pode optar por não tomar uma decisão definitiva.

Em uma análise publicada em suas redes sociais neste domingo (12), Marsiglia destacou as implicações de cada alternativa. Segundo ele, a devolução do passaporte poderia ser interpretada como incoerência jurídica, já que abriria precedente para outros casos semelhantes. Por outro lado, negar o pedido exporia o Brasil a críticas internacionais sobre possíveis abusos do STF.

Marsiglia conjecturou que Moraes poderia adotar uma estratégia de postergar a decisão:

— Parece-me que escolherá não escolher. Questiona o e-mail, pede mais documentos, abre para a PGR se manifestar e, ao final, a posse terá passado, ou estará muito em cima, e sua decisão não terá efeito — afirmou o jurista.

Ele concluiu observando que “pior que juiz que decide mal é o que não decide”, destacando a complexidade e o impacto potencial da situação.


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Sidônio Palmeira assume Secom e promove mudanças estratégicas na equipe de comunicação

Entre as mudanças previstas, está a substituição de Brunna Rosa, atual titular da Estratégia e Redes, setor responsável pela comunicação institucional do governo nas redes sociais.

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Sidônio Palmeira, que tomará posse como chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Lula nesta terça-feira (16), já começou a implementar alterações na equipe. Entre as mudanças previstas, está a substituição de Brunna Rosa, atual titular da Estratégia e Redes, setor responsável pela comunicação institucional do governo nas redes sociais.

Brunna Rosa, que ocupa o cargo desde janeiro de 2023, destacou-se durante a campanha presidencial de 2022 e mantém proximidade com a primeira-dama, Janja. A substituição está sendo planejada por Sidônio, que considera nomes da Prefeitura de Recife, reconhecida pela atuação eficaz do prefeito João Campos e sua equipe nas redes sociais.

A principal cotada para o cargo é Mariah Queiroz, integrante da equipe de Campos e ex-funcionária da agência Prole, que atuou em campanhas como a de Eduardo Paes no Rio de Janeiro.

Sidônio planeja oficializar essa e outras mudanças logo após sua posse. Porém, algumas alterações já foram concretizadas, como a demissão de José Chrispiniano, ex-secretário de Imprensa, que foi substituído por Laércio Portela.

As movimentações refletem a intenção de Sidônio de reorganizar a Secom para fortalecer a comunicação institucional do governo, especialmente no ambiente digital.


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