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Bandidos fazem arrastão na entrada do Guarujá

Vídeos que circulam nas redes sociais desde o sábado 16 mostram o momento em que criminosos promovem arrastão no Guarujá

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Bandidos fazem arrastão na entrada do Guarujá

Bandidos aproveitaram um congestionamento na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, próximo à entrada do Guarujá, no litoral de São Paulo, para fazer um arrastão. Imagens que circulam nas redes sociais desde o sábado 16 mostram o momento em que três criminosos roubam um carro branco, enquanto as vítimas assistem à cena de dentro do veículo.

No vídeo, é possível ver que o trio pega objetos do carro. Um dos bandidos abre o porta-malas, à caça de algum item de valor. Ao redor, motoristas decidem usar o acostamento para sair do local, enquanto outros dão ré e seguem na contramão.

Piaçaguera-Guaruja hoje!!! E so vai piorar…. pic.twitter.com/TMECk7YDox

— ANTONIO CARLOS AMARO ROGE (@kakoroger56) December 18, 2023

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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que a Polícia Militar (PM) foi acionada às 11h20 do sábado para atender a uma ocorrência de roubo na Rodovia Piaçaguera-Guarujá, como também é conhecida a Cônego Domênico Rangoni.

“Após o crime, houve a intensificação no patrulhamento, mas os criminosos não foram localizados”, informou a SSP. “A Polícia Civil, ciente do ocorrido, analisa imagens e atua em diligências em buscas de elementos que auxilie na identificação e punição dos responsáveis.”

A cena é comum na região. Geralmente, os bandidos aproveitam o congestionamento na pista, saem da mata que contorna o local e abordam os veículos. Em 10 de novembro, por exemplo, ocorreu um episódio similar.

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Arrastão no Guarujá volta a acender alerta de segurança

O assalto ocorre mais de três meses depois do término da Operação Escudo, que contou com a colaboração de 600 policiais dos batalhões do Estado de São Paulo.

A ação teve início em 28 de julho, um dia depois de criminosos assassinarem o soldado Patrick Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), durante incursão na Favela Vila Julia.

Patrick e um colega faziam patrulhamento pela Operação Impacto Litoral. Em vigor desde junho, a ação tinha o intuito de diminuir os índices de criminalidade e de combater o tráfico de drogas na região. Ambos os policiais foram baleados na ocasião, mas somente Patrick faleceu.

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Em seu decurso, as forças policiais apreenderam mais de uma tonelada de drogas e 119 armas ilegais, incluindo fuzis e submetralhadoras. Além disso, prenderam 976 criminosos, dos quais 388 estavam foragidos. Outros 70 adolescentes infratores também foram apanhados.

Sem data para acabar?

Em agosto deste ano, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que a megaoperação contra o crime organizado no litoral paulista continuaria por tempo indeterminado.

A PM vistoriou 2.155 automóveis, dos quais 152 foram removidos; e 1.143 motocicletas, das quais 117 foram recolhidas. Dez veículos com queixa de furto ou roubo foram localizados.

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Derrite explicou que a ascensão do crime organizado teve início quando as facções criminosas perceberam que o tráfico de drogas é uma atividade lucrativa. A partir dessa constatação, os bandidos começaram a dominar os territórios fronteiriços e as rotas comerciais.

Conforme Derrite, a escalada do crime organizado é reflexo do abandono do Estado. “A Polícia Rodoviária Federal [PRF] tinha uma tropa especializada nas fronteiras, mas o governo federal as desmobilizou”, constatou. “Não há mais grandes apreensões de drogas. Se não enfrentarmos o crime, o Brasil virará um narcoestado.”

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