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A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, de maneira unânime, continuar com a suspensão do X (anteriormente conhecido como Twitter), controlado por Elon Musk, em todo o Brasil. Essa decisão se manterá até que todas as determinações judiciais da Corte sejam cumpridas, incluindo o pagamento de multas e a indicação de um representante legal da empresa no país. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux foram os responsáveis pelo voto.
A Suspensão do X e o Posicionamento dos Ministros
Na última sexta-feira, dia 30 de agosto, Alexandre de Moraes havia dado um prazo de 24 horas para que a Anatel implementasse a suspensão temporária do X em território brasileiro. Embora boa parte dos usuários já não consiga acessar a plataforma, algumas operadoras ainda não bloquearam completamente o acesso.
Além disso, Moraes estipulou uma multa diária de R$ 50 mil para quem tentasse usar VPNs com a intenção de burlar a decisão judicial. No dia 2 de setembro, ele ajustou essa medida para que a multa se aplicasse especificamente a quem utilizasse VPN para fraudar a ordem judicial.
Por que o STF decidiu suspender o X no Brasil?
A suspensão do X foi motivada por uma série de descumprimentos de ordens judiciais. Alexandre de Moraes tinha exigido que a empresa indicasse um representante legal no Brasil dentro de 24 horas, além de ordenar o bloqueio de recursos financeiros da Starlink Holding, outra empresa de Elon Musk. O objetivo era assegurar o pagamento das multas aplicadas por não cumprimento das determinações.
Na noite de 29 de agosto, Elon Musk afirmou que a plataforma não cumpriria ordens judiciais que considerava ilegais. Isto colocou Musk sob investigação no Inquérito (INQ) 4.957, que apura possíveis crimes de obstrução à Justiça, organização criminosa, e incitação ao crime.
Qual foi a reação dos ministros à suspensão do X?
Flávio Dino foi o primeiro a acompanhar Moraes, destacando a importância de cumprir a decisão judicial. Ele afirmou que o descumprimento deliberado da determinação do Poder Judiciário poderia transformar a parte infratora em “outlaw”. Cristiano Zanin e Cármen Lúcia também concordaram com Moraes, sublinhando a responsabilidade jurídica e social das empresas que operam no Brasil.
- Flávio Dino ressaltou que a decisão acertada protege a integridade do Poder Judiciário.
- Cristiano Zanin seguiu Moraes sem detalhar sua fundamentação.
- Cármen Lúcia destacou a relevância da responsabilidade jurídica e social na democracia.
Quais são as próximas etapas no processo contra o X?
Embora a decisão seja temporária, o ministro Luiz Fux indicou que ela pode ser reavaliada. Ele levantou questões sobre como a decisão pode implicar em pessoas e empresas que não participaram diretamente do processo, mas destacou que a aplicação da decisão seria rigorosa especialmente contra manifestações ilegais na plataforma.
A suspensão do X é baseada em uma investigação que identificou a participação de pessoas em atividades criminosas e organização para ameaçar e coagir delegados da Polícia Federal. As redes sociais, especialmente o X, foram usadas para divulgar dados pessoais, fotografias e fazer ameaças contra os policiais e seus familiares.
Em resposta às ordens judiciais, outras plataformas como Google e Meta (responsáveis por Instagram e Facebook) cumpriram as determinações dentro do prazo, seguindo as normas jurídicas brasileiras. Já o X, mesmo após ser intimado e multado, continua a descumprir as ordens.
Essas ações sublinham a importância do cumprimento das leis e decisões judiciais por empresas que operam no Brasil, destacando o papel fundamental do STF em assegurar que essas normas sejam respeitadas, garantindo a proteção da sociedade e da ordem jurídica.