Preços da carne bovina devem disparar até o final do ano no Brasil
Com menos carne disponível no mercado interno e uma demanda maior, a tendência é que os consumidores brasileiros busquem alternativas mais acessíveis, como frango, carne suína e ovos
Os preços da carne bovina no Brasil estão em trajetória de alta e devem sofrer uma disparada até o final do ano. Em setembro, o preço da proteína subiu 2,97%, segundo o IBGE, impulsionado por fatores como o clima seco, falta de chuvas e queimadas que estão prejudicando a oferta de carne. Essa pressão já é sentida no atacado e deve impactar o varejo em breve, afetando diretamente o bolso do consumidor.
O contra-filé foi o corte que mais subiu no mês, com alta de 3,79%, seguido por carne de porco, patinho e costela, que registraram aumentos de cerca de 3%. A arroba do boi gordo, que começou o ano a R$ 249,65, fechou setembro a R$ 255,45, um aumento de 2,32%, segundo o Cepea. Com o ciclo de baixa no abate de bovinos e a oferta de animais prontos para o abate diminuindo devido ao tempo seco, o cenário aponta para mais reajustes de preços.
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Outro fator agravante é o crescimento das exportações de carne bovina in natura, que aumentaram 30% entre janeiro e setembro em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados da Secex. Com menos carne disponível no mercado interno e uma demanda maior, a tendência é que os consumidores brasileiros busquem alternativas mais acessíveis, como frango, carne suína e ovos. Contudo, o aumento da demanda por essas proteínas também pode provocar alta nos preços dessas opções, ampliando o impacto nos padrões de consumo da população.