Em entrevista ao Roda Viva, Marçal afirma que ‘direita não tem dono’ e que evita confronto com o STF

Na noite de segunda-feira, 2 de setembro, o candidato à Prefeitura de São Paulo do PRTB, Pablo Marçal, participou do programa Roda Viva, transmitido pela TV Cultura. Durante a entrevista, Marçal abordou uma série de temas polêmicos e declarou, enfaticamente, que “a direita não tem dono”. Afirmou: “A liberdade não tem dono. Liberdade não é um gado.”

Marçal também falou sobre a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação ao apoio a Ricardo Nunes (MDB), mencionando que Bolsonaro afirmou que Nunes “não é o candidato dos sonhos” e o elogiou logo em seguida. O candidato deixou claro que não busca confrontação direta com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Candidatura de Pablo Marçal e Apoios Políticos

Durante a entrevista, Pablo Marçal também comentou que não tem medo de enfrentar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele expressou insatisfação com a suspensão do Twitter/X no Brasil, dizendo que o “Brasil inteiro está sentindo” o impacto dessa decisão. Marçal acredita que o STF está excessivamente “político” e pediu aos ministros da Corte que contribuam para a reunificação do país, evitando uma maior politização.

Marçal não hesitou em declarar que já está “arrumando problema com governador do Estado, prefeito de São Paulo, presidente da República” e que não pretende ampliar esses conflitos para incluir o STF. Seus comentários refletem uma intenção de promover um governo menos confrontacional e mais centrado em soluções.

O candidato também foi questionado sobre supostos abusos de poder econômico em suas campanhas nas redes sociais. Marçal negou quaisquer irregularidades eleitorais, afirmando que não houve pagamento para a realização de cortes de vídeo em suas redes. Além disso, disse que foi censurado injustamente pela Justiça.

Marçal destacou que a suspensão de suas redes sociais é “um meio de censura”, porém ressaltou que a censura foi sobre o meio de comunicação e não sobre o conteúdo publicado.

Planos de Governo e Transparência

Em relação ao plano de governo, Pablo Marçal foi interrogado sobre a ausência de informações específicas sobre orçamento e execução das propostas. Ele foi enfático ao declarar: “Vamos transformar o lixo em riqueza” e sugeriu que os recursos viriam da economia gerada pela revisão de contratos da prefeitura e emendas parlamentares.

Ele criticou a burocracia e a corrupção da atual administração, garantindo que sua gestão seria mais eficiente e priorizaria recursos para áreas de maior necessidade. Afirmou que a transparência seria um pilar de seu governo, com a transmissão de reuniões para a população.

Marçal e o Caso Celso Daniel

Outro ponto intrigante da entrevista foi quando Marçal trouxe à tona o caso Celso Daniel. Perguntado se sabia quem estava por trás do crime, ele respondeu de forma enigmática: “A gente sabe, mas se a gente falar a gente morre também. Então ficamos caladinhos.” Essa afirmação chocou os presentes, deixando no ar questões sobre segurança e corrupção.

• Marçal defendeu que qualquer pessoa deveria poder concorrer às eleições sem precisar estar filiada a um partido
• Demonstra uma visão de maior abertura e participação popular no processo eleitoral

O candidato do PRTB, conhecido por sua postura direta e às vezes combativa, continua a atrair atenção por suas opiniões firmes sobre diversos tópicos relevantes para a política brasileira. A condução de suas futuras campanhas e o impacto de suas declarações no cenário político ainda serão temas de grande interesse.