Um trágico incidente marcou a noite da última terça-feira (2), em Aracaju, envolvendo um candidato a vereador do Partido Liberal (PL) e um militante do Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo o UOL, o episódio aconteceu durante eventos de campanha nos quais Flavio da Direita Sergipana, candidato pelo PL, esteve envolvido em um atropelamento que deixou Charles Belchior, militante do PT, gravemente ferido.
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O incidente gerou comoção e foi amplamente discutido, principalmente devido à alegação do candidato de que o ato foi uma legítima defesa. Segundo Flavio, ele e sua equipe estavam sob ameaça de ser linchados e, na confusão, Charles acabou no capô do veículo. O caso é investigado pelas autoridades competentes como tentativa de homicídio.
O desentendimento começou em meio a eventos de campanha no bairro Augusto Franco. Imagens registradas mostram Charles sendo arrastado no capô de um carro por cerca de dois quilômetros. O vídeo capturou o momento de desespero do militante, que suplicava para que o veículo parasse, alegando que sua perna fora quebrada pelo impacto.
Flavio de Oliveira Rodrigues, identificado pela polícia como o possível motorista na ocasião, nega ser o condutor, afirmando que um amigo dirigia o carro. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está reunindo depoimentos e análises das câmeras de segurança para esclarecer o ocorrido, bem como apurar a suposta tentativa de linchamento relatada pelo candidato.
O estado de saúde do militante
Após o incidente, Charles Belchior foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). Lá, passou por um procedimento cirúrgico devido a uma fratura no platô tibial da perna esquerda, sem previsão de alta, de acordo com o PT de Aracaju.
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Internado no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE).
Procedimento cirúrgico para tratar fratura.
Estado de saúde ainda não permite alta.
Reações políticas ao incidente
O Partido dos Trabalhadores exige justiça e celeridade nas investigações, sublinhando que a violência não pode ser aceita como ferramenta de resolução de conflitos políticos. Em contrapartida, o Partido Liberal repudiou publicamente atos de violência, declarando confiança na justiça para que os responsáveis sejam punidos de acordo com a lei se forem condenados.
Segundo Flavio da Direita, o confronto começou quando ele mostrou uma carteira de trabalho em direção à passeata do PT, o que teria desencadeado a reação dos militantes. Ele alega que sua equipe foi impedida de sair da rua, e que Charles teria se jogado no capô para bloquear a passagem do carro. Do outro lado, o PT afirma que o veículo avançou deliberadamente sobre o grupo.