Economia

Piauí: 1,49 Milhão Vive na Pobreza e Educação Abaixo da Média Nacional; Diz IBGE

Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

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Apesar de avanços na redução da pobreza e extrema pobreza, os números do Piauí em 2023 ainda revelam um cenário preocupante. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo IBGE, 45,3% da população piauiense vivia em situação de pobreza, equivalente a quase metade do estado. Além disso, cerca de 70% dos piauienses apresentavam um nível de instrução abaixo da média nacional, destacando a luta para atingir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE).

O dado sobre educação reflete uma diferença gritante: apenas 69,7% dos jovens de 18 a 29 anos no estado tinham ao menos 12 anos de estudo, enquanto no Brasil a proporção atingia 73,1%. Essa disparidade compromete os esforços para reduzir desigualdades regionais, por cor ou raça, e entre áreas urbanas e rurais.

Na pobreza extrema, definida como rendimento domiciliar per capita inferior a R$ 209 mensais, 8,1% da população do Piauí enfrentava essa condição em 2023. Embora represente uma redução em relação aos 14,3% de 2012, o número ainda é alarmante, com cerca de 267,5 mil pessoas sobrevivendo nessa situação.

Embora os dados mostrem progresso ao longo dos anos — como a redução de 280 mil pessoas em situação de pobreza desde 2012 — o desafio permanece. O Piauí ainda ocupa a 9ª posição nacional no índice de pobreza, e os esforços para melhorar as condições de vida dependem de políticas públicas mais efetivas, especialmente no campo educacional.

Política de uma única vertente

Essa realidade é ainda mais relevante quando se considera o contexto político do estado. O Piauí é governado há 21 anos por administrações de esquerda, predominantemente lideradas pelo PT, com destaque para o papel de Wellington Dias e sua base aliada. Apesar de avanços pontuais, como a redução das taxas de extrema pobreza ao longo da última década, os números ainda revelam uma gestão incapaz de resolver de forma consistente os desafios estruturais do estado, como a desigualdade social e os baixos índices de educação.

A continuidade de governos da mesma orientação política sem mudanças significativas nas condições de vida da população reforça o debate sobre a eficiência das políticas públicas implementadas. Enquanto o Brasil registra avanços no combate à pobreza, a realidade piauiense expõe as profundas disparidades regionais e a necessidade de uma abordagem renovada e mais eficaz para romper o ciclo de vulnerabilidade.

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