Letalidade policial em São Paulo cresce 90% sob gestão Derrite; O estado está mais seguro
O uso de tecnologia, como câmeras acopladas em uniformes e viaturas, também ajudou a monitorar e direcionar ações policiais, reduzindo o tempo de resposta em ocorrências e promovendo mais transparência em operações.
O número de mortes causadas por policiais militares (PMs) em São Paulo cresceu 90% em 2023, sob a gestão de Guilherme Derrite como secretário da Segurança Pública. Entre janeiro e novembro deste ano, PMs em serviço mataram 595 pessoas, contra 313 no mesmo período de 2022. Incluindo mortes causadas por policiais de folga, o total sobe para 697 — um aumento de 71,6% em relação ao ano anterior, segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).
Casos emblemáticos de violência policial marcaram o ano, como a morte do menino Ryan Andrade, de 4 anos, baleado durante uma operação no litoral paulista, e o de um estudante de medicina morto a tiros por um PM em um hotel na capital. Mais recentemente, um vídeo mostrou um policial jogando um homem rendido de uma ponte, gerando repercussão nacional.
São Paulo apresenta redução em indicadores criminais durante gestão Derrite
Apesar da crescente letalidade policial e polêmicas envolvendo abordagens da Polícia Militar, a gestão de Guilherme Derrite como secretário da Segurança Pública trouxe avanços importantes na redução de crimes em São Paulo. Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e análises de especialistas apontam que a estratégia de intensificar operações ostensivas e o combate ao crime organizado contribuiu para a queda de índices relevantes, como roubos e homicídios.
Redução de crimes violentos
Segundo o relatório da SSP, entre janeiro e novembro de 2023:
Homicídios dolosos caíram 8% em relação ao mesmo período do ano anterior, mantendo São Paulo com uma das menores taxas de homicídios do país.
Roubos a pedestres e veículos tiveram redução de 12%, reflexo do aumento de operações ostensivas em áreas urbanas e rodovias.
Latrocínios (roubo seguido de morte) diminuíram 5%, consolidando uma tendência de queda observada nos últimos anos.
Investimento em operações e inteligência
A gestão Derrite priorizou o enfrentamento a facções criminosas e tráfico de drogas, especialmente em regiões dominadas por organizações como o PCC. Operações como a “Operação Verão Seguro” na Baixada Santista resultaram na apreensão de armas e drogas, desarticulando pontos de tráfico e aumentando a sensação de segurança em áreas antes críticas.
O uso de tecnologia, como câmeras acopladas em uniformes e viaturas, também ajudou a monitorar e direcionar ações policiais, reduzindo o tempo de resposta em ocorrências e promovendo mais transparência em operações.
Fortalecimento da polícia ostensiva
Com o incentivo à presença policial em áreas de maior incidência de crimes, houve aumento na prisão de criminosos em flagrante e na apreensão de armamentos. Em 2023, foram apreendidas mais de 35 mil armas, o maior número em uma década, de acordo com a SSP.
Política de segurança com foco no enfrentamento ao crime
A postura de Derrite, que privilegia o enfrentamento direto ao crime, foi elogiada por setores da sociedade que enxergam nela uma resposta firme ao avanço de facções criminosas. Líderes empresariais destacaram a melhora na segurança em polos econômicos, como a capital e a região metropolitana, essenciais para atrair investimentos e gerar empregos.
Embora os avanços sejam inegáveis, especialistas apontam a necessidade de equilibrar a queda nos indicadores criminais com uma abordagem mais humanizada por parte da polícia. A escalada da letalidade e os casos de violência excessiva indicam que é possível melhorar o treinamento e supervisão da tropa, sem prejudicar os avanços conquistados.
Sob a gestão Derrite, São Paulo tornou-se um estado mais seguro em diversos aspectos. A queda nos índices de crimes violentos, combinada com operações estratégicas, mostra que a SSP está atuando para conter o avanço do crime organizado e melhorar a qualidade de vida da população.
Entretanto, o governo precisa investir em ações preventivas e no fortalecimento da confiança entre a polícia e a sociedade para garantir que os avanços sejam sustentáveis, mantendo São Paulo como referência em segurança pública no Brasil.
O que mostram as imagens
Nas imagens que flagraram a conduta dos policiais, é possível ver três deles na ponte. Um agente levanta uma moto do chão e a encosta na mureta. Um quarto PM aparece segurando pelas costas um homem vestido com camiseta azul. Em questão de segundos, o militar levanta o homem pelas pernas e o joga do alto da ponte, sob a qual passa um córrego.