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Ditadura do Judiciário

Em 2021, Lewandowski alegou ‘imunidade parlamentar’ para barrar ação de Hang contra Pimenta

A ação foi motivada por declarações feitas por Pimenta no X/Twitter, onde ele qualificou Hang como “símbolo da elite corrupta e hipócrita do Brasil” e o acusou de dever “centenas de milhões ao povo brasileiro”

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Em 2021, o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, rejeitou uma queixa-crime por injúria apresentada pelo empresário Luciano Hang contra o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). A ação foi motivada por declarações feitas por Pimenta no X/Twitter, onde ele qualificou Hang como “símbolo da elite corrupta e hipócrita do Brasil” e o acusou de dever “centenas de milhões ao povo brasileiro”.

Lewandowski acolheu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e argumentou que as declarações de Pimenta estavam protegidas pela imunidade parlamentar, prevista no artigo 53 da Constituição. Ele considerou que o teor das publicações fazia parte das atividades de comunicação política do deputado, ligadas ao exercício de seu mandato. Apesar do tom contundente, as declarações foram enquadradas no direito à liberdade de expressão e manifestação parlamentar, não configurando justa causa para a abertura de ação penal.

Agora, no governo Lula, Lewandowski ocupa o cargo de ministro da Justiça e apresenta um entendimento mais restritivo sobre o alcance da imunidade parlamentar. Em recente participação na Comissão de Segurança Pública do Senado Federal, ele afirmou que a imunidade não pode ser utilizada como escudo irrestrito para atacar a honra de terceiros. A declaração foi feita no contexto de ações do governo federal para combater fake news e discursos polêmicos, incluindo investigações que envolvem parlamentares.

“Se da tribuna, um deputado cometer um crime contra a honra, seja contra colega ou qualquer cidadão, ele não tem imunidade em relação a isso. Até porque a vida do Parlamento (parlare, conversar, em latim) seria inviabilizada, com ataques à honra. Em proteção ao cotidiano, o Supremo assentou essa jurisprudência. Portanto, os inquéritos da PF levaram isso em consideração”, declarou o ministro.

A mudança de postura de Lewandowski reflete a tensão em torno dos limites da liberdade parlamentar, especialmente diante de casos de desinformação e ataques pessoais. O debate sobre a extensão da imunidade tem ganhado destaque nas discussões políticas e jurídicas, com implicações importantes para a relação entre liberdade de expressão e responsabilidade legal no exercício do mandato parlamentar.


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Absurdo: Pais que não vacinaram filhos contra Covid são condenados a pagar até R$ 8,4 mil

A punição surge após a recusa em seguir o que autoridades chamam de “obrigação inquestionável

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Uma sentença judicial chocante, divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na última sexta-feira (6), impôs multas de até seis salários mínimos (cerca de R$ 8,4 mil) a pais que ousaram tomar decisões sobre a vacinação de seus filhos contra a Covid-19. A punição surge após a recusa em seguir o que autoridades chamam de “obrigação inquestionável”.

O caso, trazido à tona pelo Conselho Tutelar local, envolve três representações contra famílias que, em pleno uso de sua liberdade garantida pela Constituição, optaram por não imunizar seus filhos. Sem justificativas médicas formais, a negativa foi suficiente para que a Justiça aplicasse penalidades severas, variando entre três (R$ 4,2 mil) e seis salários mínimos.

Segundo a promotora Ana Paula Destri Pavan, a vacinação seria “essencial” e sua recusa configuraria uma violação aos direitos fundamentais à saúde e à vida. A argumentação jurídica se apoia em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que defende a obrigatoriedade da vacinação infantil dentro do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Entretanto, críticos da decisão questionam se o caso não representa uma violação ao direito de liberdade individual, garantido pela mesma Constituição Federal que fundamenta a ação. Para alguns, a interferência do Estado na autonomia familiar abre precedentes perigosos, colocando em xeque a soberania de decisões parentais e o equilíbrio entre saúde pública e direitos individuais.

O processo segue sob sigilo judicial, e o número de famílias envolvidas não foi divulgado, alimentando ainda mais o debate sobre os limites da transparência e do respeito às liberdades fundamentais.


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Ditadura do Judiciário

Alexandre de Moraes cometeu crimes, diz Flávio Bolsonaro

Senador vê que medida de anistia poderia, inclusive, beneficiar magistrado por decisões tomadas por ele no judiciário.

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Em discurso no Senado nesta quarta-feira (27), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) propôs uma anistia “ampla, geral e irrestrita” para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Flávio, o magistrado teria cometido ações que justificariam sua inclusão no benefício.

“O único caminho para alguma normalidade e reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia que inclua o ministro Alexandre de Moraes, porque já deu vários exemplos de descumprir a lei do impeachment”, afirmou o senador. Ele também acusou Moraes de realizar julgamentos em situações em que estaria impedido devido à suspeição.

Flávio criticou o ministro, chamando-o de responsável por “ilegalidades e arbitrariedades”. Ele ainda declarou: “Nunca vi ninguém que faça o que Alexandre de Moraes está fazendo, no mundo, que, em determinado tempo, não vá sofrer as consequências”.

Contexto político

As declarações ocorrem após a divulgação de um relatório da Polícia Federal que aponta a suposta participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Flávio, em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Flávio, ao ser questionado por jornalistas sobre o relatório, recusou-se a comentar o tema.

A proposta de anistia foi recebida com críticas de parlamentares da oposição e especialistas, que a consideram uma tentativa de desviar o foco de investigações que envolvem membros do governo anterior. Ao mesmo tempo, o tema pode intensificar o debate sobre a relação entre os Poderes e o papel do Judiciário na atual conjuntura política.

A inclusão de Alexandre de Moraes na proposta é vista como controversa, dado o papel central do ministro na condução de inquéritos relacionados aos atos de 8 de janeiro e a investigações envolvendo aliados do ex-presidente Bolsonaro.


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STF e polarização política: debates acirrados após declarações de Barroso

Os críticos afirmam que a fala demonstra politização da Corte, comprometendo sua imparcialidade.

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Recentemente, declarações do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, no Congresso da UNE, afirmando que “vencemos o bolsonarismo” geraram polêmica e intensificaram as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Parlamentares de oposição, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Júlia Zanatta (PL-SC), anunciaram pedidos de impeachment contra o ministro, acusando-o de comportamento político-partidário, algo vedado pela Constituição e caracterizado como crime de responsabilidade pela Lei 1079/50. Os críticos afirmam que a fala demonstra politização da Corte, comprometendo sua imparcialidade.

STF criminaliza ‘bolsonarismo’ e apaga crimes confessos de corrupção,

O episódio reacendeu o debate sobre a relação entre o Judiciário e a política no Brasil. Juristas e opositores destacam a necessidade de preservar a neutralidade das instituições, enquanto outros veem a declaração de Barroso como um reflexo do atual cenário polarizado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, classificou a fala como “inoportuna e infeliz”, aumentando as pressões por respostas institucionais.

Além disso, a questão da liberdade de expressão e a atuação do STF em temas controversos vêm sendo amplamente discutidas, com opiniões divididas sobre os limites do papel do tribunal na democracia brasileira.

Polêmica sobre o STF: declarações e suas consequências

As declarações do ministro Luís Roberto Barroso durante o Congresso da UNE, afirmando “vencemos o bolsonarismo”, geraram ampla repercussão. Parlamentares e analistas interpretaram a fala como um exemplo de politização do Judiciário. Para membros da oposição, como os deputados Bibo Nunes (PL-RS) e Chris Tonietto (PL-RJ), as palavras de Barroso indicam um desvio de função, já que o ministro teria exposto uma postura político-partidária incompatível com o cargo.

Contexto e reações

  1. Fala de Barroso e reação política: O episódio ganhou atenção não apenas pela frase, mas por sua localização — um evento da UNE, tradicionalmente associada à esquerda. A oposição argumenta que a presença de Barroso nesse contexto intensifica a percepção de alinhamento político, violando os princípios de imparcialidade do STF. Parlamentares como Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciaram um pedido formal de impeachment do ministro, destacando que ele teria cometido crime de responsabilidade.
  2. Críticas internas e institucionais: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, lamentou a declaração, qualificando-a como “inoportuna”. Isso sinaliza a insatisfação de parte dos políticos com a atuação do STF em temas politicamente sensíveis. Juristas também se manifestaram, ressaltando a necessidade de o Supremo preservar a neutralidade, essencial para sua credibilidade.
  3. Ativismo judicial e liberdade de expressão: Esse episódio ampliou o debate sobre o ativismo judicial e sua influência na política. Críticos apontam que o STF vem desempenhando um papel crescente no embate entre poderes e ideologias no Brasil. Em contraste, defensores do tribunal alegam que as decisões e declarações refletem a defesa da democracia e do estado de direito diante de ataques às instituições.
  4. Impactos na sociedade: Além das discussões políticas, a fala de Barroso inflamou a base bolsonarista e setores que já viam o STF como um ator político, alimentando a narrativa de parcialidade no Judiciário. Por outro lado, apoiadores de Lula consideram o episódio mais uma evidência de que a extrema direita foi enfraquecida.

Possíveis desdobramentos

  • Impeachment de Barroso: A oposição articula um processo de impeachment contra o ministro, fundamentando-o no artigo 39 da Lei 1079/50. Contudo, especialistas destacam que o processo dificilmente avançará sem apoio majoritário no Congresso.
  • Reflexo na imagem do STF: A situação reacende questionamentos sobre o equilíbrio de poder entre os três ramos e pode impactar a credibilidade da instituição a médio e longo prazo.

A controvérsia ilustra as divisões no Brasil atual e ressalta o papel do STF em um cenário político altamente polarizado.


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Urgente: STF determina soltura de 15 condenados em tráfico de drogas

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta quinta-feira (21) habeas corpus a 15 integrantes de uma quadrilha envolvida no tráfico de drogas em Campinas (SP).

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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta quinta-feira (21) habeas corpus a 15 integrantes de uma quadrilha envolvida no tráfico de drogas em Campinas (SP). Os criminosos, que utilizavam galerias de águas pluviais para comercializar entorpecentes, haviam sido presos e condenados durante a Operação Sumidouro, deflagrada pelo Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP) em 2023.

Decisão fundamentada no regime semiaberto

Os beneficiados aguardavam o julgamento de recursos em prisão preventiva ou domiciliar e foram condenados, em primeira instância, ao regime semiaberto pelos crimes de organização criminosa e associação ao tráfico. Fachin argumentou que manter os réus em prisão preventiva seria incompatível com o regime fixado na sentença.

“Manter a prisão preventiva ou domiciliar imporia uma pena mais severa do que a fixada no título penal condenatório, violando os princípios do direito penal e processual penal”, afirmou o ministro. Fachin ainda destacou que o regime semiaberto permite saídas durante o dia para trabalho ou estudo, o que não é compatível com a restrição das prisões cautelares.

Ligação com o PCC

De acordo com as investigações, a célula criminosa de Campinas era comandada por Claudemir Antonio Bernardino da Silva, conhecido como Guinho, sobrinho de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Apesar da decisão, Guinho continuará preso. Os 15 libertados desempenhavam funções operacionais no esquema de tráfico de drogas.

Debate reacendido

A decisão de Fachin reacendeu o debate sobre prisões preventivas e proporcionalidade penal. Especialistas apontam que a medida respeita o devido processo legal, mas críticos alertam para os impactos da soltura de condenados por crimes graves na sensação de segurança pública e no enfrentamento ao crime organizado.


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Bolsonaro critica Moraes após indiciamento por suposto plano de golpe de Estado

“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, afirmou o ex-presidente.

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Indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta quinta-feira (21). Em entrevista à coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, Bolsonaro direcionou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro também destacou que aguardará a análise de seus advogados sobre o indiciamento, apontando que a próxima etapa do processo ocorrerá na Procuradoria-Geral da República (PGR). “É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, completou.

Contexto do indiciamento

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas sob suspeita de participação em um plano de golpe de Estado. As investigações apontaram que seis militares presos na quarta-feira (20) teriam planejado ações violentas, incluindo um suposto atentado contra o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes. De acordo com a PF, um militar chegou a se aproximar da residência do magistrado com o objetivo de prendê-lo.

Críticas à “criatividade” nas investigações

Bolsonaro também criticou uma suposta falta de embasamento nas acusações contra ele. A declaração fez alusão a uma mensagem enviada pelo juiz instrutor do gabinete de Moraes, Airton Vieira, ao então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral, Eduardo Tagliaferro. Na mensagem, Vieira sugeriu que Tagliaferro usasse a “criatividade” para formalizar uma denúncia contra a revista Oeste. O episódio foi usado pelo ex-presidente como argumento para questionar o viés político das investigações.

O caso agora segue para análise da Procuradoria-Geral da República, onde Bolsonaro planeja concentrar sua defesa.


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