Brasil em Pauta

Pior da história: Pedro Bial enfrenta recorde negativo de audiência em programa da Globo

Published

on

Na madrugada desta sexta-feira (6/9), o programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, atingiu a audiência mais baixa desde sua estreia, em maio de 2017. A atração, apresentada por Pedro Bial, registrou apenas 2,9 pontos na Grande São Paulo, conforme noticiado pelo Ibope.

Advertisement

No episódio, Pedro Bial entrevistou o autor israelense Yuval Noah Harari, discutindo o lançamento de seu novo livro “Nexus – Uma Breve História das Redes de Informação – da Idade da Pedra à Inteligência Artificial”. Antes dessa marca, o pior índice havia sido em 28 de maio de 2024, quando o programa registrou 3,4 pontos em uma conversa com a cantora Tetê Espíndola.

O declínio de “Conversa com Bial” não é um caso isolado. Diversos canais de TV aberta, incluindo a Rede Globo, vêm observando uma significativa queda na audiência ao longo dos últimos anos. Há duas décadas, assistir à televisão era uma tradição comum nas famílias brasileiras. No entanto, o cenário mudou com a ascensão dos serviços de streaming e o acesso facilitado a conteúdos online.

Por que a audiência de programas tradicionais está caindo?

A pandemia de Covid-19 acelerou o processo de transformação no consumo de mídia. Dados do Kantar Ibope indicam que, em junho de 2020, a Globo registrava 12,33 pontos de audiência – número que caiu para 10,77 pontos em 2024, uma redução de 14,48%. Outras emissoras também enfrentam desafios semelhantes:

Advertisement
  • SBT: Em 2020, a audiência era de 4,35 pontos, caindo para 2,43 pontos em 2024.
  • Record TV: Passou de 4,35 pontos em 2020 para 3,34 pontos em 2024.
  • Band: Regrediu de 1,30 para 0,84 pontos no mesmo período.

A mudança no consumo de mídia pela população

Essa redução na audiência dos canais de TV aberta vem se intensificando também por conta da queda na TV por assinatura. Dados recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que quase metade dos clientes de TV por assinatura cancelaram seus pacotes nos últimos 10 anos. Em 2014, a base de assinantes atingiu o ápice com 19,6 milhões de usuários, caindo para 9,5 milhões em fevereiro de 2024 – o nível mais baixo em 14 anos de medição.

Além disso, o uso de vídeos sob demanda tem crescido significativamente. Em fevereiro de 2024, o consumo de streaming representava 30,7% do mercado brasileiro, enquanto a TV por assinatura detinha apenas 8,1%. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022 indicam que cerca de 43,4% dos lares brasileiros possuem pelo menos um serviço de streaming.

O que o futuro reserva para a TV aberta?

A tendência é que a TV aberta continue enfrentando desafios para manter sua audiência. Com a ampliação do acesso à internet e a variedade de opções de entretenimento disponíveis, o público tem se diversificado em suas preferências de consumo de mídia. Se os canais tradicionais não se adaptarem a essas novas demandas e preferências, a audiência pode continuar a declinar.

Advertisement

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Em alta

Sair da versão mobile