A empresa Esportes da Sorte, conhecida por seu patrocínio a grandes clubes de futebol brasileiro, está no centro de uma megaoperação policial. O CEO da empresa, Darwin Henrique da Silva Filho, é um dos investigados. Mandados de prisão foram expedidos contra ele e seu pai, Darwin Henrique da Silva. A operação tem gerado grande repercussão no mundo do futebol.
Atualmente, a Esportes da Sorte investe em vários clubes de diversas divisões. Entre os times patrocinados estão:
- Corinthians – Série A;
- Athletico-PR – Série A;
- Bahia – Série A;
- Grêmio – Série A (patrocínio nas mangas);
- Ceará – Série B;
- Náutico – Série C;
- Santa Cruz – Sem divisão em 2024;
- Palmeiras – Time feminino.
Esportes da Sorte e seus Patrocínios nos Clubes Brasileiros
Desde julho de 2024, a Esportes da Sorte é o principal patrocinador do Corinthians. O contrato, estimado em até R$ 90 milhões anuais, tem validade de três anos. Mesmo com a relevância no esporte, a empresa enfrenta sérias acusações de envolvimento com jogos ilegais.
Em nota, a Esportes da Sorte afirmou não ter acesso aos detalhes do inquérito e se colocou à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. A empresa destacou o cumprimento das leis nacionais e o uso de auditorias independentes para garantir a transparência em suas operações.
O Que Diz a Esportes da Sorte Sobre a Investigação?
Segundo a Esportes da Sorte, desde março de 2023, a empresa tem tomado todas as medidas necessárias para colaborar com as investigações. A companhia reforçou seu compromisso com a lei e a transparência, assegurando que suas atividades estão nos padrões regulatórios.
A empresa divulgou a seguinte nota:
“A empresa Esportes da Sorte informa que ainda não teve acesso à decisão judicial que autorizou busca e apreensão em sua sede. Contudo, ressalta que, desde março de 2023, tem prestado todos os esclarecimentos necessários nos autos do inquérito policial em curso, através de diversas petições e documentos apresentados pelo escritório Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão – Advocacia Criminal.”
“As atividades de aposta de cotas fixas da empresa cumprem rigorosamente a Lei n.º 13.756/2018 e a Lei 14.790/2023, com excelência jurídico-regulatória, acompanhamento de auditoria independente e sistema de compliance. A operação policial será impugnada perante o Juízo competente, demonstrando-se que houve interpretação precipitada e equivocada dos fatos apurados, sem qualquer análise ou consideração dos argumentos já apresentados.”
“Tanto é assim que a autoridade policial não apreendeu qualquer objeto, documento ou equipamento na sede da empresa. A Esportes da Sorte, como sempre esteve, permanece à disposição das autoridades.”
VaideBet Também Envolvida nas Investigações
Outra empresa sob investigação é a VaideBet, que patrocina o Paranavaí, time da 2ª divisão paranaense. Os proprietários, José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta, também foram alvo da operação. Os donos da VaideBet administram a Bets Sports Group, antiga patrocinadora do Corinthians e outros clubes.
A VaideBet igualmente se manifestou via nota, expressando surpresa com a operação policial. A empresa relembrou que sempre colaborou com as investigações e que suas atividades estão alinhadas com a legislação vigente.
Como Foi a Megaoperação Policial?
A megaoperação que colocou a Esportes da Sorte e a VaideBet sob investigação mobilizou 170 policiais civis, atuando em cinco estados. A operação contou com o apoio de diversas agências, incluindo a Interpol e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Foram cumpridos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, abrangendo várias cidades como Recife, Campina Grande, Barueri, Cascavel, Curitiba e Goiânia. Além das prisões, diversos bens de luxo foram confiscados, como carros, imóveis, aeronaves e embarcações.
O caso continua em andamento, e as investigações tentam esclarecer o envolvimento das empresas de apostas no escândalo. A expectativa é que mais detalhes sejam revelados conforme as autoridades avancem nos processos.