A atleta maratonista de Uganda, Rebecca Cheptegei, perdeu a vida nesta quinta-feira (5), após sofrer um ataque cruel realizado por seu ex-namorado. Cheptegei, que representou seu país nas Olimpíadas de Paris em 2024, teve 80% do corpo queimado com gasolina, em uma agressão testemunhada por suas próprias filhas.
Com apenas 33 anos, Rebecca não resistiu às queimaduras e faleceu por volta das 5h30 da manhã no Moi Teaching and Referral Hospital (MTRH) em Eldoret, no Quênia. “Os ferimentos cobriam grande parte de seu corpo, levando à falência de múltiplos órgãos. Fizemos todo o possível, mas infelizmente não conseguimos salvá-la”, declarou Kimani Mbugua, diretor da UTI do hospital.
Feminicídio: Uma Praga Global
Feminicídios, como o ocorrido com Rebecca Cheptegei, são uma forma extrema de violência de gênero e representam um problema alarmante em várias partes do mundo. Neste caso trágico, o suspeito, identificado como Dickson Ndiema Marangach, invadiu a casa de Rebecca no último domingo enquanto ela estava na igreja com suas filhas.
Por Que os Feminicídios Continuam Acontecendo?
De acordo com especialistas, uma combinação de fatores, como desigualdade de gênero, normas culturais e atitudes misóginas, contribuem para a ocorrência de feminicídios. A atleta vivia com sua irmã e suas duas filhas na localidade de Endebess, no Quênia, a cerca de 25 km da fronteira com Uganda. As filhas, de 9 e 11 anos, testemunharam o ataque brutal.
Impacto na Vida das Vítimas e suas Famílias
O impacto do feminicídio vai muito além da vítima direta. As filhas de Rebecca Cheptegei agora carregam o trauma de ter visto sua mãe ser cruelmente assassinada. Além disso, a comunidade e a sociedade como um todo sofrem com a perda e a violência extrema.
Lutar contra o feminicídio exige uma abordagem multifacetada. As mudanças devem começar pela educação e sensibilização sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres. As leis precisam ser mais rigorosamente aplicadas, e os sistemas de suporte para as vítimas devem ser fortalecidos.
Este caso lamentável de feminicídio serve como um lembrete urgente da necessidade de combater todas as formas de violência de gênero. A memória de Rebecca Cheptegei e de tantas outras vítimas deve nos motivar a lutar por um mundo mais seguro e igualitário para todos.