Brasil em Pauta

Apesar do rombo nas contas públicas, PIB brasileiro cresceu no segundo trimestre

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Paulo Pinto/Agência Brasil

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou nesta terça-feira (3) que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 em relação ao primeiro trimestre. Esse aumento reflete a evolução da economia nacional, com destaques para o setor industrial e de serviços.

Em comparação ao mesmo período de 2023, o crescimento foi mais expressivo, registrando 3,3%. O desempenho da indústria foi notável, com destaque para a eletricidade e gás, água, esgoto e construção. Enquanto isso, a agropecuária apresentou desempenho negativo.

Desempenho da Indústria no Crescimento do PIB

O crescimento da indústria foi puxado por diversos setores. Eletricidade e gás, água, esgoto, e a atividade de gestão de resíduos registraram alta de 4,2%. A construção também teve um crescimento significativo de 3,5%, contribuindo para o resultado positivo.

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Além disso, as indústrias de transformação apresentaram um crescimento de 1,8%, consolidando a recuperação desse setor. No entanto, as indústrias extrativas tiveram uma queda de 4,4% no mesmo período.

Como o Setor de Serviços Influenciou o PIB?

O setor de serviços também mostrou um desempenho significativo. Atividades financeiras, de seguros e serviços conectados cresceram 2%. Informática e comunicação aumentaram 1,7%, enquanto o comércio subiu 1,4%. Essas áreas foram essenciais para o crescimento do PIB.

  • Atividades financeiras e de seguros: crescimento de 2%
  • Informática e comunicação: crescimento de 1,7%
  • Comércio: crescimento de 1,4%

Outros segmentos, como transporte, armazenagem e correio, também contribuíram, com aumento de 1,3%. A administração pública, saúde e educação cresceram 1%, enquanto as atividades imobiliárias avançaram 0,9%.

O Impacto das Exportações e Importações no PIB

As exportações de bens e serviços cresceram 1,4% no segundo trimestre de 2024. Por outro lado, as importações de bens e serviços tiveram um crescimento mais acentuado de 7,6%. Esses números mostram o dinamismo do comércio exterior brasileiro.

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Comparando o segundo trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, houve um aumento de 3,9%. A melhora na indústria de eletricidade e gás, água e gestão de resíduos, com alta de 8,5%, foi determinante. O consumo residencial de energia foi um dos principais fatores desse crescimento.

Opinião dos Economistas Sobre o Crescimento do PIB

Para Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (Apas), os números superaram as expectativas do mercado. Segundo ele, a economia brasileira cresceu principalmente por causa da indústria local e do setor de serviços.

Queiroz destacou ainda que o aumento na Formação Bruta de Capital Fixo é um bom sinal de retomada dos investimentos. No entanto, ele alertou para a necessidade de monitorar a taxa de juros, que pode impactar negativamente a atividade econômica no último trimestre do ano.

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Já Carlos Lopes, economista do banco BV, considerea o resultado surpreendente. Esperava-se um crescimento de apenas 0,9%, mas o PIB registrou 1,4% no segundo trimestre graças à demanda interna robusta. Ele salientou que o desempenho favorável se deve ao consumo das famílias, investimentos e compras governamentais.

Em suas palavras, “o crescimento da mão de obra formal promove um aumento no consumo, sustentado pela poupança gerada pelo trabalho.” Lopes também acredita que a expectativa de alta nos juros não deve comprometer significativamente o crescimento econômico a curto prazo.

Com esses dados, o Brasil demonstra estar em um caminho de recuperação econômica, com setores chave mostrando força e capacidade de recuperação. A continuidade desse crescimento depende de diversos fatores, mas os sinais são positivos.

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