A atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à guerra travada por Israel contra terroristas do Hamas prejudica a diplomacia brasileira perante o mundo. Essa é a estudo do jornalista William Waack, em item publicado no site do jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira, 15.
“Lula escolhe falar grosso e arruinar credibilidade da política externa ao hostilizar Israel”, afirma Waack, logo no título de sua coluna no Estadão. De convenção com ele, a postura de Lula “limita as ações da diplomacia”. Em mais de uma oportunidade, o petista classificou uma vez que “terrorismo” as ações de Israel contra extremistas islâmicos baseados na Tira de Gaza.
“Há também um importante fator político doméstico marchetado nas posturas de Lula frente ao conflito de Gaza, mas não só”, escreveu Waack. “Ele escolheu trazer para a polarização política brasileira o que já sempre foi um perigoso contexto de disputa de narrativas e guerra de informação. Seu conta político eleitoral baseia-se na manutenção do embate com o que possa ser chamado de bolsonarismo.”
No item, o jornalista, que também trabalha uma vez que apresentador da CNN Brasil, ressalta que críticas a Israel e suas forças militares podem ocorrer. Ele registra, por exemplo, que autoridades internacionais têm feito isso. Ressalta, porém, que ninguém faz o que Lula tem feito: equiparar o país invadido aos terroristas. “Esses mesmos países, porém, não igualam Israel ao Hamas, uma vez que Lula insiste — por mais que denunciem o sofrimento imposto aos civis em Gaza.”
William Waack, Lula e o arruinamento da política externa brasileira

O item de Waack não é, a saber, o único texto presente na prensa brasileira a criticar diretamente Lula por tentar equiparar Israel e Hamas. Somente nesta semana, os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo definiram a postura do presidente brasiliano uma vez que “falsa equivalência” e “ranço ideológico da esquerda primitiva”, respectivamente.