O prefeito do município de Barras, Edilson Sérvulo de Sousa, mais divulgado uma vez que Capote (PSD), teve pedido de cassação feito pela Procuradoria Regional Eleitoral do Piauí. Juntamente com ele, também foi pedida a cassação do procuração da vice-prefeita Cynara Cristina Lages Veras (Republicanos).
O processo recebeu uma novidade movimentação nesta quinta-feira (16/11), em resposta a recursos eleitorais interposto pelo próprio prefeito. Segundo a ação, no dia 9 de janeiro de 2020, o prefeito organizou uma sarau de avultadas dimensões, a qual reuniu aproximadamente três milénio pessoas, o que representou mais de 5% da população do município.
Segundo a ação, Capote e sua equipe da prefeitura condicionaram a ingresso ao evento à doação de um quilo de manjar não perecível, o que possibilitou a arrecadação de três milénio cestas básicas/quilos de provisões e, consequentemente, a distribuição do manjar junto à população em universal e a potenciais eleitores.
Nessa ocasião, ocorreu a contratação de três bandas no montante de R$ 22,5 milénio, além da montagem de uma grande estrutura coberta, com palco, sendo relevante a magnitude da sarau promovida em pleno ano eleitoral. Desta forma o MP entendeu que houve aí um suposto esquema de compra de escora político operado pelo prefeito Edilson Capote Sérvulo e por seus apoiadores.
“Prática reiterada nas eleições, uma vez que ainda no ano de 2016, já havia sido apreendida vultosa quantia de moeda na morada de uma assessora do Investigado, que era prefeito à estação, assim uma vez que uma lista com nomes de lideranças políticas e os respectivos valores para obtenção do escora, veste similar ao esquema narrado”, diz trecho do processo. Além do prefeito e da vice, vereadores e apoiadores foram colocados uma vez que acusados.

“AJUDINHAS”
Na denúncia, que foi feita pelo promotor eleitoral Silas Sereno Lopes, há casos de interceptação telefônica e extração de dados de celulares que confirmam que durante a eleição do ano de 2020 Capote, uma vez que candidato a prefeito, liderou uma organização destinada principalmente à captação ilícita de votos e fala-se em “ajudinhas”.”Entendemos que os cenários em que se deram diversas compras de votos, haja vista o aproveitamento pelos candidatos e cabos eleitorais da situação de extrema vulnerabilidade social e econômica do eleitorado, travestido de assistencialismo, consistente em uma “ajudinha” para a passagem, um ofício na prefeitura, uma ajuda para remunerar contas, material de construção, exames, consultas e etc constitui condição agravante da captação ilícita de votação”. O processo é assinado pelo procurador regional eleitoral Marco Túlio Lustosa.