O IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco do Brasil), considerado uma prévia do PIB (Resultado Interno Bruto) do país, mostrou uma retração de 0,06% no mês de setembro em relação ao mês anterior. A informação foi divulgada na sexta-feira 17 pela instituição monetária.
O resultado veio aquém do esperado pelos analistas, que era de 0,20%. Os dados reforçam a visão de desaceleração da atividade econômica neste segundo semestre de 2023, pretérito o impacto positivo da lavradio e com a desaceleração da demanda.
No mês de agosto, em confrontação a julho, a retração havia sido de 0,81%. Já no terceiro trimestre, a queda foi de 0,64% em relação ao período anterior. Quando comparado com setembro de 2022, o índice IBC-BR mostra uma subida na atividade de 0,32%. Já o valor amontoado em 12 meses mostra progresso de 2,50%.
Fraco desempenho da economia
Os especialistas ressaltam que o indicador que é divulgado mensalmente pelo Banco Medial segue uma metodologia distinta daquela empregado pelo IBGE (Instituto Brasílio de Geografia e Estatística). Esse órgão estatal divulga o resultado do PIB de maneira mais abrangente.
O IBGE deve propalar os resultados do PIB do terceiro trimestre no dia 5 de dezembro. O fraco desempenho se junta a outros indicadores recentes que revelam fraqueza, principalmente em serviços, com varejo e produção industrial alternando altas e baixas. Tal situação deve provocar revisões para reles o prolongamento do PIB brasílio em 2023, da ordem de 2,7%.
Transmitido do Ciesp sobre os dados do IBC-BR
O Ciesp (Meio de Indústrias do Estado de São Paulo) se manifestou sobre os dados do IBC-BR que revelam uma prévia do PIB. Rafael Cervone, presidente do Ciesp, falou sobre os índices negativos.

“A queda de 0,64% do Índice de Atividade Econômica do Banco Medial no terceiro trimestre, na confrontação com os três meses anteriores, anunciada na sexta-feira 17 demonstra ser necessário agilizar e/ou ajustar medidas fundamentais para dar sustentabilidade ao prolongamento do PIB”.
Dentre as possíveis providências destacadas pelo presidente do Ciesp está a reforma tributária, que na visão do executivo é “positiva” e “modernizadora”.