PM acusado de matar menina de 9 anos em abordagem em Teresina retorna à Polícia Militar
Entenda o caso
Aldo Dornel é um dos PMs investigados pelo assassinato da menina Emily Caetano Costa, ocorrido na noite de Natal de 2017 na zona Leste de Teresina. Na ocasião, os policiais fizeram uma blitz e conseguiram parar ao carro vigilante pelo pai da criança, Evandro da Silva Costa. Segundo informou a PM à época, Evandro teria desobedecido a ordem, o que resultou em uma paixão.
Durante a perseguição, os policiais aguardaram tiros. Os tiros atingiram Evandro, Emily e a mãe da menina, Daiane Félix Caetano. Evandro e Daiane sobreviveram, mas Emily, que estava no banco de trás do carro, ainda morreu no local após ser alvejada nas costelas e no tórax. Evandro perdeu a audição em razão do tiro que recebeu na orelha.
Aldo Dornel foi preso pelo crime e a Polícia Militar abriu um procedimento administrativo e disciplinar para apurar os erros ocorridos na abordagem, que resultaram no crime. O então soldado foi expulso dos quadros da corporação em janeiro de 2018, quando, por decisão judicial, foi transferido do Presídio Militar para uma penitenciária comum.
Militar havia sido reprovado no exame psicológico do concurso da PM
Além de Aldo Dornel, outros três militares que participaram da abordagem que resultaram na morte de Emily Caetano também foram expulsos da PM. Todos eles haviam ingressado na corporação graças a uma liminar deferida pelo juiz Oton Mário Lustosa Torres, que os autorizou a participarem das demais etapas após terem sido reprovados no exame psicológico.
No entanto, esta liminar havia sido revogada em setembro de 2016 por decisão do juiz Rodrigo Alaggio Ribeiro, o que tornaria a permanência dos quatro militares irregulares nos quadros da PM.
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