O que Flávio Dino pensava sobre a censura nas redes sociais

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O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tinha uma opinião dissemelhante da atual em relação à exprobação, sobretudo em plataformas de redes sociais. Em novembro de 2014, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, ele foi enfático ao se colocar porquê opositor a projetos relacionados ao controle das mídias.

“Em primeiro lugar, não pode ter exprobação”, disse Dino, ao responder pergunta sobre liberdade de prelo formulada pelo apresentador Augusto Nunes, colunista e mentor editorial de Oeste. “Não pode ter nenhum tipo de controle sobre o teor.”

Na ocasião, Dino se preparava para assumir seu primeiro função no Poder Executivo. Filiado ao PCdoB até portanto, ele tinha terminado de ser eleito governador do Maranhão. E reforçou que, ao menos em 2014, era contra a imposição de normas que impedissem a liberdade irrestrita da prelo no país.

“Qualquer tipo de exprobação, de controle da atividade jornalística, obviamente, isso é a negação dos valores que a sociedade erigiu porquê seus”, afirmou Dino. “Do pluralismo político, da liberdade de frase, da democracia.”

Os anos se passaram, e o cenário político se alterou para Dino. Depois de ser reeleito governador maranhense, ele trocou de partido. Deixou de ser comunista para integrar o tine dos socialistas, indo para o PSB. Apesar de deixar o Palácio dos Leões com o Estado nordestino nas últimas posições em indicadores socioeconômicos, ele foi eleito senador em 2022.

Apesar da eleição, nem chegou a sentar na cadeira no Senado. Isso porque acabou sendo o escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o função de ministro da Justiça e Segurança Pública. Dando expediente na Esplanada, Flávio Dino demonstra que, ao menos em relação à exprobação nas redes sociais, a sua posição mudou. Não é mais a mesma da apresentada na entrevista de nove anos detrás.

Avante de um ministério, Dino é protagonista de atos de exprobação. Em maio, por exemplo, ele bloqueou o aproximação de Oeste ao seu perfil no Twitter/X.

Nesta semana, depois da revelação de que dois de seus secretários receberam a mulher conhecida porquê “Senhora do Tráfico”, ele seguiu com a mesma estratégia. Assim, voltou a bloquear — ou seja, exprobar — jornalistas e políticos nas redes sociais.

Paulo Polzonoff, da Jornal do Povo, e Paulo Eduardo Martins, ex-deputado e ex-comentarista da Rede Tamanho (SBT Paraná), são exemplos dos mais novos jornalistas sem aproximação ao perfil do ministro da Justiça — que há quase dez anos disse ser contra a exprobação, inclusive nas redes sociais.

 

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