Ana Rosa Schuster, prometida do deputado federalista Marcos Antonio Pereira Gomes, o Zé Trovão (PL-SC), acusa o parlamentar de agredi-la. Na denúncia, apresentada ao Tribunal de Justiça do Região Federalista e dos Territórios, a mulher relata que sofreu violência psicológica e física no relacionamento.
Ela conseguiu uma medida protetiva no domingo 19, depois de entrar com um processo no 3º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Brasília. O parecer favorável teve a assinatura do juiz Carlos Fernando Fecchio dos Santos.
O pavio para a denúncia teria ocorrido no mesmo domingo. Ana diz que, ao entrar no quarto de Zé Trovão para recolher seus pertences e transpor da lar onde morava com o marido, foi empurrada. Ela teria tentado se tutorar, o que resultou numa peleja generalizada.
No documento, Ana relata que Zé Trovão a pegou pelo pescoço, uma vez que se quisesse enforcá-la, e disse as seguintes palavras: “Vou ultimar com você”. Nesse momento, ela teria ligado para a polícia. O parlamentar a expulsou de lar logo depois da relação.
Deputado nega agressão contra a prometida
Em nota, Zé Trovão nega que agrediu a mulher. O deputado afirma que, apesar de já estarem separados há algumas semanas, Ana se recusava a concordar o término do relacionamento e, “num momento de exaltação em uma discussão”, o agrediu fisicamente.
O parlamentar disse que unicamente a conteve, sem não feri-la. Ele alega também que chamou a polícia no momento da peleja, com o objetivo de preservar a integridade do próprio par.
“Zé Trovão reafirma que não agrediu a ex-noiva, ressalta que tem reverência e consideração pelo período em que estiveram juntos e que todos os fatos foram devidamente elucidados junto à mando policial”, informou a assessoria do parlamentar, em nota.
A medida contra Zé Trovão
Com a decisão do 3º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Brasília, Zé Trovão deve executar as seguintes medidas protetivas:
- 1) Solidão do lar, recinto ou lugar de convívio com a vítima, podendo o ofensor levar consigo unicamente os bens de uso estritamente pessoal (vestuário, documentos, utensílios de trabalho), devendo informar ao raciocínio oriundo da justificação, no prazo de 48 horas, o novo endereço em que poderá ser encontrado;
- 2) Proibição de aproximação da vítima, restando fixado o limite mínimo de 300 metros de intervalo;
- 3) Proibição de contato com a vítima, por qualquer meio de informação, tais uma vez que relação telefônica, WhatsApp, e-mail, Facebook, Instagram e outros; e
- 3) Recondução da ofendida ao lar.
O juiz alega que esta última medida não impacta os dois filhos do par, visto que não há notícias de agressões do deputado contra os menores.
Moraes revogou medidas cautelares contra o deputado
Em maio, o Supremo Tribunal Federalista (STF) revogou as medidas cautelares impostas a Zé Trovão. A decisão em obséquio do parlamentar partiu do ministro Alexandre de Moraes.
Desde aquela era, o deputado está livre do uso de tornozeleira eletrônica, pode voltar a postar conteúdos nas redes sociais e conceder entrevistas publicamente — sem a autorização prévia por segmento do STF. As medidas estavam válidas desde a conversão de sua prisão domiciliar.
Zé Trovão é investigado no Sindicância 4879. A investigação por segmento do Supremo refere-se à convocação por meio das plataformas digitais para as manifestações do 7 de Setembro de 2021. Na era, o hoje parlamentar era caminhoneiro e se destacava nas redes sociais.