Nasa revela exoplaneta onde há ‘chuva de areia’

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O Telescópio James Webb, da sucursal aeroespacial norte-americana Nasa, descobriu um exoplaneta onde há “chuva de areia”, com tamanho semelhante ao de Júpiter. Ele orbita uma estrela um pouco mais fria e menor que o Sol.

Segundo os pesquisadores, a invenção só foi verosímil graças ao James Webb. O equipamento permite observar o universo no infravermelho próximo e médio e ver objetos frios, muito distantes e escondidos pela poeira.

Batizado WASP-107b, o exoplaneta gasoso tem volume semelhante à de Netuno. No entanto, visto seu tamanho similar ao de Júpiter, o objeto sideral recém-descoberto é considerado um planeta bastante “esponjoso”, em relação aos outros do Sistema Solar.

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O estudo foi realizado por uma equipe de astrônomos e teve codireção do Instituto de Astronomia da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica. A invenção foi publicada na revista Nature, em 15 de novembro.

Os pesquisadores não encontraram vestígios do gás de efeito estufa metano, dados que fornecem informações essenciais sobre a dinâmica e a química do planeta.

Sobre a “chuva de areia” do exoplaneta

Conforme o estudo, há vapor de chuva, dióxido de encofre (SO₂) e nuvens compostas por partículas finas de silicato (um tipo de areia com a granulação extremamente fina) na atmosfera do WASP-107b.

As nuvens deste planeta provavelmente se formam de maneira semelhante às nuvens da Terreno, com a diferença de que não caem chuva das nuvens do exoplaneta.

“Essas nuvens de areia no eminente da atmosfera (provavelmente) significam que as gotas de chuva de areia evaporam em camadas mais profundas e muito quentes”, disse Michiel Min, um dos autores do estudo. “O vapor de silicato resultante é efetivamente deslocado novamente.”

Quando caem das nuvens do WASP-107b, as “gotas” entram em camadas mais quentes do planeta e se tornam vapor de silicato. Quando se tornam vapor, elas voltam às nuvens e todo o processo ocorre novamente.

“Isso é muito semelhante ao ciclo de vapor de chuva e nuvens na Terreno”, complementa o pesquisador. “Mas com gotículas feitas de areia.”

O estudo informa que o ciclo contínuo de sublimação e condensação por meio do transporte vertical das gotas é responsável pela presença duradoura de nuvens de areia na atmosfera do WASP-107b.


Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Anderson Scardoelli.

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