O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu resguardo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, depois do caso envolvendo as visitas de Luciane Barbosa Farias ao Ministério da Justiça. Conhecida porquê a “Mulher do Tráfico”, ela visitou a pasta duas vezes neste ano.
Por meio de uma publicação no Twitter/X nesta quarta-feira, 15, Lula afirmou que o ministro está sendo objectivo de fake news.
“Minha solidariedade ao ministro Flávio Dino que vem sendo objectivo de absurdos ataques artificialmente plantados”, escreveu o petista. “Ele já disse e reiterou que nunca encontrou com esposa de líder de partido criminosa. Não há uma foto sequer, mas há vários dias insistem na disparatada patranha.”
Lula ressaltou ainda que “o Ministério da Justiça tem coordenado ações de enorme valia para o país”. De conciliação com ele, “essas ações despertam muitos adversários, que não se conformam com a perda de numerário e dos espaços para suas atuações criminosas.”
Minha solidariedade ao ministro @FlavioDino que vem sendo objectivo de absurdos ataques artificialmente plantados. Ele já disse e reiterou que nunca encontrou com esposa de líder de partido criminosa. Não há uma foto sequer, mas há vários dias insistem na disparatada patranha.
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— Lula (@LulaOficial) November 15, 2023
Ministério da Justiça recebe mulher de líder do Comando Vermelho

Luciane foi recebida por assessores de Dino duas vezes neste ano. A informação, confirmada pelo Ministério da Justiça, foi divulgada na segunda-feira 13, pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Luciane é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, criminoso que chegou a figurar no topo da lista dos mais procurados da polícia do Amazonas. Ele foi recluso em dezembro de 2022 e cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM).
Segundo o Estadão, Luciane esteve com Elias Vaz, secretário Pátrio de Assuntos Legislativos de Flávio Dino, em 19 de abril. Em 2 de maio, ela se encontrou com Rafael Velasco Brandani, secretário Pátrio de Políticas Penais.
Recebida por assessores de Dino, ela também foi condenada no mesmo processo que o marido — por lavagem de numerário, associação para o tráfico e organização criminosa —, mas recorre em liberdade. No Ministério da Justiça, a “Mulher do Tráfico” foi recebida porquê presidente de um instituto de resguardo dos direitos dos presos do Amazonas.