Justiça converte em preventiva a prisão de mulher que manteve afilhada em situação de escravidão

A Justiça converteu em prisão preventiva a prisão temporária da ex-candidata a deputada federal Francisca Danielly Mesquita Medeiros, denunciada por manter afilhada em situação análoga à escravidão por 15 anos em Teresina. A decisão é do juiz Valdemir Ferreira, nesta sexta-feira (26).

O advogado de Francisca Danielly, Paulo Germano, havia solicitado a liberdade ou prisão domiciliar da sua cliente, pedidos negados pelo Justiça. Sobre o decreto da prisão preventiva de Francisca, o seu advogado informou que não foi comunicado da decisão.

Francisca Danielly foi presa em decorrência de um mandado de prisão temporária após investigação da Polícia Civil motivada por uma denúncia de que ela mantinha uma jovem de 27 anos em cárcere privado e em situação análoga à escravidão. Além da esfera criminal, a acusada também deverá enfrentar a Justiça do Trabalho.

ENTENDA O CASO

Francisca Danielly, ex-candidata a deputada federal, foi presa, na terça-feira (23), suspeita de manter uma mulher em cárcere privado por 15 anos e em condições análogas à escravidão. A suspeita, que é parente de segundo grau da vítima.

O delegado Odilo Sena, disse que a vítima é natural do Maranhão e tinha 12 anos quando foi “praticamente sequestrada” da família.  Atualmente, a mulher tem 27 anos e sofria torturas física e psicológica.

“Ou seja, são 15 anos de intenso sofrimento. Essa menina veio do Maranhão, praticamente sequestrada. Usaram do poder financeiro, econômico e do conhecimento que essa família tinha, que era uma família humilde. Essa menina foi mantida em cárcere privado”, disse o delegado ao apresentador Felipe Pereira.

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