O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia anunciou, nesta quarta-feira, 1º, a retirada do seu embaixador em Tel-Aviv. O país quer o fim da reação de Israel contra os terroristas do Hamas que ocupam a Faixa de Gaza, na Palestina.
De acordo com a nota do ministério, reproduzida pela agência de notícias jordaniana Petra, o ministro das Relações Exteriores, Ayman Safadi, decidiu “convocar imediatamente para a Jordânia” o embaixador em Tel-Aviv.
“O retorno dos embaixadores estará ligado ao fato de Israel acabar com a guerra em Gaza e com a catástrofe humanitária que está provocando”, declarou o ministro, sem mencionar os ataques terroristas do Hamas.
Safadi afirmou ainda que os israelenses deveriam cessar as medidas que “privam os palestinos do seu direito à alimentação, à água, aos medicamentos e ao direito de viverem em segurança no seu território nacional”.
Na semana passada, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução, apresentada pela Jordânia, para pedir uma “trégua humanitária”. Mas a medida foi repelida por Israel, que alega que um cessar-fogo só beneficiaria o Hamas.

Na última terça-feira, 31, a Bolívia cortou relações diplomáticas com Israel. O país alegou que Tel-Aviv comete “crimes contra a humanidade” na sua contraofensiva em Gaza.
Os governos da Colômbia e do Chile também retiraram seus embaixadores em Israel, por discordarem da resposta dos israelenses aos ataques terroristas.
O Hamas afirmou que dezenas de civis foram mortos num ataque a um campo de refugiados, mas Israel disse que o local era um reduto militar do grupo e que apenas terroristas foram vitimados.