Terroristas houthis sequestraram o navio Galaxy Leade, que transitava pelo Mar Vermelho, no sábado 18.
O grupo, do Iêmen, é bem pelo Irã, interessado no controle do país sarraceno, desde o início da guerra em 2014, que obrigou o logo presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, bem por coalizão sunita, a fugir da capital Sana’a.
A explicação pelo sequestro, vinda do porta-voz houthi, Yahya Sarea, foi de que o movimento irá combater navios com bandeira israelense e aqueles operados por empresas de propriedade israelense. Os houthis têm se tornado mais um instrumento na procura do Irã controlar a região.
Mas, segundo a perito militar, Sarit Zehavi, fundadora da Espírito Research, instituição israelense especializada em lucidez, a retórica do Irã contrária a Israel não passa de um pretexto.
Segundo o rastreamento do portal Marine Traffic, a embarcação partiu de Korfez, na Turquia, e estava a caminho de Pipavav, na Índia. Ficou sem informação no sábado, a sudoeste de Jeddah, na Arábia Saudita. O Galaxy Leader foi levado para o Iêmen.
Mas o navio, segundo ela, nem tinha bandeira israelense.
“Não há israelenses a bordo”, disse Zehavi nas redes sociais. “Os tripulantes são ucranianos, búlgaros, filipinos e mexicanos. O navio navega com a bandeira das Bahamas.”
Ela afirmou que, apesar de o navio ser originalmente propriedade parcial de um empresário israelense, foi negociado através de uma empresa britânica.
E, atualmente, ela diz que oriente é alugado para uma empresa japonesa, a Nippon Yusen (NYK), que o opera de forma completa e independente. Tal trajo, conforme ela destaca, tira qualquer vínculo dele com Israel.
“Israel é unicamente uma desculpa”, destaca a perito, que atuou por 15 anos nas Forças de Resguardo de Israel (FDI). “Isto é exatamente o que os iranianos querem. Assumir áreas através de representantes que operam em todos os lugares e ameaçam a rotina do mundo livre.”
Contraposição do Irã ao Poente

Os houthis têm atuado para ajudar o Irã a firmar suas posições na região. Mísseis vindos do Iêmen têm derribado no território israelense sem que Israel, neste momento, reaja a tal agressão.
No dia 14, Abdul-Malik al-Houthi, líder dos extremistas, advertiu que o movimento xiita planejava realizar “operações adicionais para atingir alvos sionistas na Palestina e em outros lugares.” Ressaltou que estas operações seriam feitas “no Mar Vermelho, particularmente em Bab-el-Mandeb e suas águas adjacentes às territoriais iemenitas.”
Para Zehavi, no entanto, o trajo de o navio não ter, na prática, zero a ver com Israel é revelador das reais intenções iranianas.
Inclusive, para ela, explica a retórica iraniana de instigar o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que invadiu território israelense no dia 7 de outubro, deixando tapume de 1,2 milénio mortos. O que o Irã quer, na verdade, é controlar a região e assim ter força para se contrapor ao Poente.
“O que começa no Oriente Médio não termina no Oriente Médio”, conclui ela.