O governo de Luiz Inácio Lula da Silva gastou quase R$ 6 milénio para financiar a viagem e as diárias de Luciane Barbosa Farias, a “Mulher do Tráfico”, ao evento de combate à tortura organizado pelo Ministério dos Direitos Humanos, que ocorreu entre 6 e 7 de novembro, em Brasília. Publicada pelo jornal Folha de S.Paulo,
Ao todo, R$ 4,8 milénio foram gastos com passagens de ida e volta entre Manaus e Brasília. Outros R$ 1 milénio garantiram diárias.
A Secretaria Vernáculo de Promoção e Resguardo dos Direitos Humanos, vinculada à pasta comandada pelo ministro Silvio Almeida, desembolsou os valores. Esses dados constam no Pintura de Viagens, do Ministério da Economia.
O Ministério dos Direitos Humanos informou, em nota, que todos os participantes do evento tiveram as despesas pagas. A indicação dos nomes seria uma atribuição dos comitês estaduais, também vinculados à pasta.
Auxiliares de Dino são denunciados por visitante da Mulher do Tráfico
Os deputados federais do Partido Novo denunciaram dois auxiliares do ministro Flávio Dino à Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Eles esconderam reuniões que os funcionários do Ministério da Justiça e Segurança Pública tiveram com a Mulher do Tráfico.
Os denunciados foram Rafael Velasco Brandani, secretário pátrio de Políticas Penais e Elias Vaz, secretário pátrio de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A denúncia cita que Brandani recebeu a advogada Janira Rocha, ex-deputada estadual do Psol no Rio de Janeiro, em 4 de maio deste ano. E que Brandani não citou que a mulher do tráfico estava presente. Elias Vaz se reuniu com a mulher do tráfico em seu gabinete em 19 de março.
A “vítima”
Recentemente, Luciane compartilhou um teor em que afirma ser vítima de perseguição, por ser uma “ativista dos direitos humanos”.
Ela tem 37 anos e é mulher do director do Comando Vermelho no Amazonas, Clemilson Barbosa Farias, sabido porquê “Tio Patinhas”. Ele foi réprobo a 31 anos por tráfico de drogas e lavagem de moeda. A Mulher do Tráfico foi condenada a dez anos de prisão por seu envolvimento na ocultação de moeda do tráfico de drogas.
A Mulher do Tráfico se apresenta nas redes sociais porquê presidente da Associação Liberdade do Amazonas, uma organização não governamental (ONG). E porquê “esposa”, “mãe”, “ativista dos direitos humanos” e “acadêmica de Recta”.
Mentor do CNJ que recebeu Luciane admitiu encontro
O ministro Luiz Fruto, do Juízo Vernáculo de Justiça (CNJ), recebeu Luciane em seu gabinete, no CNJ, onde recebeu dela uma leva de documentos. A Oeste, Fruto disse estar escoltado de assessores, durante o encontro.
Em linhas gerais, os papeis entregues a Fruto dizem saudação a propostas que ela levou para a melhora de condições de vida de presos nas cadeias.
Manancial: Revista Oeste