Empreender na rua: casal vende brigadeiros para abrir negócio
Diariamente, o casal Maria Clara Araújo, de 22 anos, e Janderson Melo, de 28 anos, vai à Praça Rio Branco, no Centro de Teresina, adoçar o paladar dos transeuntes com brigadeiros gourmets de vários sabores.
Em um expositor improvisado, a dupla carrega muitas caixinhas de doces e o sonho de abrir a própria brigaderia, conscientes de que precisam vencer o medo e a timidez para empreender na rua.
A princípio, as vendas ocorriam somente de forma online e, após o rapaz deixar o emprego, eles tomaram a iniciativa de ir às ruas há cerca de dois meses. O grande fluxo de pessoas no centro comercial da cidade motivou os empreendedores a trabalhar neste local.
Janderson era funcionário de uma confeitaria e aproveitou sua experiência para investir, junto à namorada, no negócio de brigadeiros. Os dois também recorreram às redes sociais a fim de aprender novos sabores e técnicas de venda.
“Eu fazia bolos e outros tipos de sobremesas no local onde trabalhei. Além disso, sempre gostei de cozinhar e isso facilita o aprendizado. Nós compramos uma na apostila em PDF na internet e colocamos todos os ensinamentos em prática. Nas redes sociais, seguimos pessoas que vendem na rua e mostram que essa atividade é lucrativa”, disse.
DESAFIOS
O casal supera a timidez a cada abordagem de pedestres, ainda que alguns não sejam tão acolhedores. Para ter lucro no fim do dia, eles exercitam a paciência e reforçam o propósito de abrir a brigaderia.
Maria Clara acredita que passar por esta vivência é essencial, pois, futuramente, todo o esforço será recompensado.
“Vender é bastante desafiador, porque recebemos um ‘não’ da maioria das pessoas. Mas isso não é motivo para desistirmos do nosso sonho”, declarou a empreendedora.

SONHOS EM EXPANSÃO
Janderson e Maria Clara estabelecem metas diárias de vendas. Como o intuito era divulgar o trabalho e conquistar clientes nas primeiras semanas, eles levavam uma pequena quantidade de brigadeiros e avaliavam a receptividade do público.
Em breve, o casal almeja produzir outras guloseimas para vender na rua. O sonho de ser dono do próprio negócio sempre permanece firme ao fim de cada jornada de trabalho.
“Queremos montar nossa brigaderia e viver às nossas custas. Há dias bons e ruins, mas não podemos esmorecer, pois temos um objetivo para alcançar”, afirmou Janderson.
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