Dia nacional da adoção: Famílias encontram caminhos para adotar irmãos biológicos

Os três casais se prepararam, refletiram e aprenderam que, para adoção, o fundamental era pensar nas crianças, em primeiro lugar, e respeitar os vínculos afetivos entre elas.
Mesmo sem ter relação prévia de amizade, os casais uniram-se, somaram-se em sentimentos, a partir de um centro de apoio à adoção (chamado Aconchego, na capital federal), e chegaram à conclusão de que, para ser de verdade e tudo funcionar, deveria formar uma “família grande” e nunca mais se deixarem.
O grande dia em que os documentos estavam prontos está guardado no calendário como a data mais especial: 13 de maio de 2016. Contam de cabeça: lá se vão mais de sete anos. O dia é considerado um novo nascimento para crianças e os adultos, que ouviram desde o começo as palavras que sonharam: “mãe”, “pai”. Sete anos depois, todos eles têm uma certeza: esta é uma história de aprendizado, que não pode ser romantizada ou idealizada, mas que é feita de amor.
Há hoje no Brasil 4.393 crianças aptas à adoção e 33.998 pretendentes em um descompasso. A maioria deles (61,8%) aceitam adotar uma criança e 35,8% concordam em receber dois filhos. Acima de três crianças, apenas 2,3% dos pretendentes aceitariam.
Outro dado interessante é que de 2019 a 2022, 9.540 adoções foram feitas de apenas uma criança. Um total de 3.092 foi com um irmão, 1.540, com dois irmãos, 872 com três irmãos e 780 com mais de três.
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