A tarde desta quarta-feira, 8, marcou a aprovação, pela Câmara dos Vereadores de São Paulo, da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação da concessionária de energia elétrica Enel após o temporal ocorrido na sexta-feira, 3.
A instalação oficial da CPI está agendada para esta quinta-feira, 9, às 13 horas, no plenário. O pedido, de autoria do vereador João Jorge (PSDB), foi aprovado e ele será o presidente da comissão, seguindo as diretrizes do regimento interno.
A composição da CPI contará com sete membros, distribuídos proporcionalmente entre os partidos representados na Câmara.
Há uma expectativa de que a base aliada do prefeito Ricardo Nunes exerça influência sobre os rumos da investigação contra a empresa.
O processo de criação da CPI envolveu duas votações em plenário. Inicialmente, os vereadores deliberaram sobre a concordância com a abertura de uma terceira CPI na Casa.
Atualmente, a Câmara já possui duas comissões em andamento: a CPI dos Furtos de Fios e Cabos e a CPI da Violência e Assédio Sexual Contra Mulheres.
Além disso, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a CPI da Enel está em andamento, investigando irregularidades e práticas abusivas da empresa entre 2018 e 2023.
A comissão aprovou a convocação dos presidentes da Enel São Paulo, Max Xavier, e Enel Brasil, Nicola Cotugno, para a próxima semana. O pedido partiu do presidente da CPI, deputado Thiago Auricchio.
Caso os presidentes da concessionária não compareçam, a CPI tem o poder de solicitar a condução dos diretores por meio de força policial.
Em comunicado nesta quarta-feira, 9, a Enel informou que ainda há 11 mil imóveis na Região Metropolitana de São Paulo sem energia, após os impactos das fortes chuvas da sexta-feira, 3.