Victoria Villarruel, de 48 anos, foi a escolhida de Javier Milei para estar ao seu lado na função de vice-presidente da Argentina. Advogada, conservadora, casada, de família de militares, especula-se que ela poderá, também, estar adiante de ministérios relacionados à segurança, resguardo e lucidez no novo governo de direita.
A vice-presidente eleita da Argentina ingressou na política partidária recentemente, em 2021, ocupando o função de deputada federalista, pela coalisão partidária A Liberdade Avança.

Sua vida pública, porém, teve início décadas antes, em 2006, quando fundou a associação social Centro de Estudos Legais sobre o Terrorismo e suas Vítimas (CELTYV), na qual ainda ocupa o função de presidente.
A entidade surgiu na mesma quadra em que foram reabertos os processos contra os militares por supostos crimes durante a ditadura argentina.
O debate sobre os crimes cometidos pela guerrilha na dez de 1970 e a homenagem e o reconhecimento às suas vítimas tornou-se a maior bandeira de Victoria.
O período do regime militar na Argentina
A Argentina viveu sob o comando de um governo militar, de 1976 a 1983. Diversas guerrilhas atuaram contra o regime.
Entre os principais grupos de guerrilheiros destacam-se: os Monteneros, organização peronista de esquerda; o Tropa Revolucionário do Povo (ERP), também peronistas de esquerda; e as Forças Armadas Revolucionárias (FAR), grupo marxista-lenista que defendia a luta armada.
Villarruel compara guerrilheiros comunistas a terroristas
A advogada compara os guerrilheiros comunistas a terroristas e aponta para as vítimas civis dos grupos armados durante o regime militar em seu país.
Victória e sua entidade são frequentemente chamados de “negacionistas” pela esquerda argentina: “Somos acusados de negacionistas pelos mesmos que estão em prol do terrorismo do Hamas”, disse a agora vice-presidente eleita, em recente entrevista à prelo lugar. “Somos demonizados por aqueles que defendem assassinos.”
Por meio de sua entidade, Victoria investigou os eventos ocorridos pelas organizações armadas e elaborou uma lista de vítimas dos grupos.
A pesquisa acabou resultando em um livro, publicado em 2014: Los otros muertos — Las víctimas civiles del terrorismo guerrillero de los 70 (Os outros mortos — As vítimas civis do terrorismo guerrilheiro dos 70, em tradução livre).
Anteriormente, em 2009, ela já havia lançado seu primeiro livro, também abordando as questões dos discursos da esquerda: Los llaman…jóvenes idealistas (Os chamam…jóvens idealistas).
Victoria Villarruel é filha e neta de militares


Nascida na capital Buenos Aires, em 13 de abril de 1975, Victoria é a mais velha das duas filhas do parelha Eduardo Marcelo Villarruel e Diana Destéfani.
Seu pai é tenente-coronel do Tropa e lutou na Guerra das Malvinas contra o Reino Uno, em 1982. O avô materno também era militar, o contra-almirante da Marinha Laurio Hedelvio Destéfani. Além do pai e do avô, a vice-presidente eleita tem um tio militar.
Victoria e os temas polêmicos defendidos pela agenda progressista
Apresentando-se porquê “uma profunda defensora da vida”, a vice de Milei disse, durante a campanha, que irá revogar a lei do monstruosidade, aprovada em seu país, em 2020. “Foi desastroso para a República Argentina.”
Sobre o casório entre pessoas do mesmo sexo, Victoria afirmou não se incomodar que homossexuais sejam tratados da mesma maneira que heterossexuais.


Victoria é casada com o jurisconsulto Guilhermo Maximiliano Montenegro, de 54 anos. O marido é indigitado porquê seu braço recta dentro da coalisão A Liberdade Avança, de Javier Milei.
O parelha é frequentemente réu de nepotismo pela esquerda argentina e enfrenta alguns processos. Guilhermo foi eleito deputado federalista pela província de Buenos Aires.
O camarada Eduardo Bolsonaro


Em 22 de outubro, dia do primeiro vez das eleições na Argentina, Victória postou uma foto com o deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a quem chamou de “camarada”.
O parlamentar brasílico respondeu em espanhol: “Estamos juntos pela liberdade”, disse. Eduardo complementou: “Fora os zurdos (esquerda), os tíbios (moderados) e as políticas nefastas socialistas.”