Alxandre de Moraes ordena investigação contra presidente da CPI do MST

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o deputado federal Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI do MST, seja investigado pela Polícia Federal (PF), por supostamente incentivar e ser um dos patrocinadores dos atos de 8 de janeiro, contra o governo Lula (PT), no Rio Grande do Sul e em Brasília.

A ordem foi expedida na última quarta-feira, 17. “Encaminhem-se os autos à Polícia Federal, para continuidade das investigações”, decidiu o ministro. A documentação foi disponibilizada à PF na sexta-feira, 19.

O tenente-Coronel Zucco foi alvo de uma notícia de fato levada ao Ministério Público Federal acerca do suposto “patrocínio e incentivo” a atos antidemocráticos, a exemplo do bloqueio de estradas após a vitória de Lula em outubro de 2022. O caso, que inclui posts feitos pelo parlamentar nas redes sociais entre outubro e novembro de 2022, antes da posse na Câmara, foi remetido ao Supremo pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), a pedido do MPF, já que Zucco tem foro privilegiado na Corte.

Figura de primeira-linha do bolsonarismo na Câmara, Zucco foi escolhido presidente da CPI do MST, com apoio do agronegócio, para tentar descobrir quais são as fontes de financiamento das invasões de terra no país. Histórico recente de governos petistas mostra que entidades ligadas aos sem-terra são receptoras de milhões de reais em programas revestidos de caráter assistencialista.

A abertura da CPI do MST foi motivada por recentes invasões que o movimento fez. No período entre janeiro e 23 de abril de 2023, o MST realizou 33 invasões de imóveis rurais pelo Brasil, número que supera o total de ações em cada um dos últimos 5 anos.

Apesar da maioria das ações já ter sido desmobilizada após negociações com o governo federal, defensores da CPI querem apurar o que chamam de “real propósito” do movimento e de seus financiadores.

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